OS INTOCÁVEIS EM AÇÃO! (segunda parte) Por: ESTELA CAPARELLI, DE GOIÂNIA, E ANA MAGDALENA HORTA COLABOROU SOLANO NASCIMENTO REVISTA ÉPOCA 28 DE JANEIRO, 2002 Ano IV Nº 193
Antônio Celso Cipriani renunciará ao cargo na próxima assembléia geral, marcada para o dia 30. Em teoria, deixa a companhia . Na prática, não é possível desvincular o genro de Omar Fontana da vida da TransBrasil. Ele e a empresa andam juntos desde os anos 70, quando Cipriani foi contratado como segurança por Fontana. Ele é filho de um cozinheiro de Dops, a polícia política que nos anos 60 e 70, durante a ditadura militar, reprimiu e torturou as vozes discordantes. Cipriani trabalhou ao lado do delegado Sérgio Paranhos Fleury, o mais conhecido agente da repressão. Casou-se com uma das filhas de Fontana, Marise, e acumulou em pouco menos de 30 anos um patrimônio de cerca de US$ 300 milhões , composto entre outros bens, de um luxuoso resort de esqui nas montanhas no Colorado, uma enorme propriedade nos arredores de Florença, mansões, empresas de mineração e um jatinho Learjet LR30, modelo 36 A, capaz de voar até os EUA sem ser abastecido. No Brasil, só existem dois como este. |
Mar de lama Deixou-me estarrecido a história do sr. Cipriani, o homem que parou a CPI do Banestado (19/9, A15 e A16 O Estado de Sào Paulo). Na presidência da Transbrasil, ele faliu a empresa, deixando um passivo de R$ 1 bilhão, além de 4 mil trabalhadores sem receber os seus direitos trabalhistas, enquanto enviava pelo Banestado R$ 100 milhões para os EUA, onde tem um empreendimento imobiliário que vende aos ricaços americanos lotes num condomínio de luxo, com campo de golfe e pista de esqui. É ainda sócio de uma mineradora em Minas Gerais, que expulsou os garimpeiros para se assenhorear das minas. Os trabalhadores foram lesados e ele continua milionário. O mais incrível é o esquema do PT para protegê-lo, já que é ligado ao compadre de Lula. Fica claro por que o sr. José Dirceu faz essa cruzada contra o Ministério Público. Muito teme as investigações quem muito tem a esconder. Caso Waldomiro, caso Santo André, caso Cipriani - este governo se está transformando num mar de lama. Eric Dutt Ross (ericduttross@yahoo.com.br), São Paulo |
CPI do BANESTADO quebra o sigilo fiscal de executivos e banqueiros Na 6ª feira, 06 de agosto de 2004, num lance que, para uns, indica que ‘agora a coisa vai’ e, para outros, que ‘as contribuições de campanha vão aumentar’, usando as faculdades do famoso requerimento 233 – espécie de autorização ‘guarda-chuva’ que permite a quebra do sigilo fiscal das pessoas físicas e jurídicas relacionadas no CD-ROM da Receita Federal com informações sobre todas as remessas pelas contas CC5 entre 1996 e 2002 – o relator da CPI do BANESTADO, deputado petista José Mentor, ligadíssimo ao ministro José Dirceu, da Casa Civil, quebrou o sigilo fiscal de alguns dos principais banqueiros e executivos do mercado financeiro, entre os quais Roberto e Alfredo Egydio Setubal e Sérgio Werlang, do banco Itaú; Joseph e Moise Safra, do banco Safra; Pedro Moreira Salles, do UNIBANCO; Fábio Colletti Barbosa, do ABN-Amro; Luiz Carlos Trabuco Cappi, do BRADESCO; Bruno Mariani, Eduardo Mariani Bittencourt, Luiz Clemente Mariani Bittencourt e Pedro Henrique Mariani Bittencourt, do BBM; Paulo Guilherme Lobato Ribeiro, do Banco Alfa; Emilson Alonso, do HSBC do Brasil; e Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho do JP Morgan. Os banqueiros ficaram injuriados e, já acionando ‘amigos’ e lobistas de plantão, manifestaram sua ‘indignação’ com a ousadia e ‘incompreensão’ sobre o verdadeiro objetivo da medida. O presidente do ABN Amro, Fábio Colletti Barbosa, por exemplo, distribuiu nota dizendo deplorar "ter seu nome exposto desse modo, sem nenhuma análise prévia que permitisse identificar a correção das movimentações efetuadas". Ao saber da reação dos banqueiros, categoria considerada ‘intocável’ pelos conservadores de todos os matizes e partidos, o presidente da CPI, o senador tucano Antero Paes de Barros, apressou-se em dizer que tinha assinado o ofício à Receita Federal, mas "a linha de investigação é decidida pelo relator". De sua parte, sem admitir que os poderosos foram colocados na posição de refém para conter os ímpetos moralistas que estranhamente vêm espocando nas hostes tucanas e pefelistas, o relator da CPI, deputado José Mentor, disse que não saberia explicar os critérios que o levaram a pedir a quebra do sigilo fiscal dos banqueiros "porque não dispunha de cópias dos documentos que vai analisar". Nunca é demais lembrar que, antes de querer passar a limpo a questão da remessa ilegal de bilhões de reais para o exterior, a CPI do BANESTADO vem servindo como teatro de operações para batalhas entre a oposição, que exerce sua presidência através do senador Antero Paes de Barros, do PSDB – que vem fustigando o Palácio do Planalto, tendo atiçado a investigação do caso Waldomiro Diniz, quebrado o sigilo bancário do ex-controlador da Transbrasil Antonio Celso Cipriani, cliente do advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Luis Inácio da Silva e colega de faculdade de José Mentor, e, agora, vem tirando uma casquinha nos casos envolvendo os presidentes do Banco do Brasil e Banco Central – e o governo, que controla sua relatoria, através do deputado petista José Mentor, ligadíssimo ao ministro José Dirceu, da Casa Civil. Com a medida, o relator da CPI colocou os banqueiros (que sempre fizeram parte da base do PSDB e PFL) na condição de refém. Tudo indica que, se a oposição aliviar a pressão sobre o Planalto, a CPI alivia a barra dos banqueiros. Como tantas outras, a CPI do BANESTADO está fadada ao fracasso. Joinville Domingo, 15 de março de 1998 O presidente de honra do PT, Luís Inácio Lula da Silva, reafirmou que, se dependesse dele, Paulo de Tarso teria sido expulso há no mínimo um ano. "O PT foi benevolente com Paulo de Tarso", afirmou. "Lamentavelmente, o PT é um partido democrático, eu quero que continue democrático, cada vez mais democrático, mas no nosso partido as coisas demoram para ter solução". Lula negou que tivesse condicionado sua candidatura a uma eventual punição a Paulo de Tarso e absolvição de seu compadre Roberto Teixeira, acusado de favorecer a CPEM junto a prefeituras administradas pelo PT. "O partido não aceitaria isso, não é o meu feitio e jamais fiz essa condição", afirmou. Joinville Quinta-Feira, 19 de fevereiro de 1998 Comissão de ética do PT absolve compadre de Lula São Paulo - O advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, foi absolvido pela comissão de ética do partido, que avaliou a conduta dele, enquanto filiado à legenda, no episódio conhecido como caso Cpem (Consultoria para Empresas e Municípios). Segundo o advogado de Teixeira, Adhemar Gianini, a comissão de ética sugere que a direção nacional do PT arquive o caso contra o cliente. "Não foi encontrado nenhum desvio ético de conduta", comentou Gianini. As denúncias contra Teixeira partiram de outro filiado, o economista Paulo de Tarso Venceslau, que acusou o advogado de se aproveitar da amizade com Lula para beneficiar a empres. A empresa firmou vários contratos sem licitação com prefeituras administradas pelo PT. Até agora, porém, Venceslau não teve a mesma sorte e, em conversas reservadas, integrantes do diretório nacional admitem que ele deverá ser expulso da legenda. A comissão de ética que analisou o comportamento do economista acabou se dividindo e, na segunda-feira, entregou à cúpula do PT dois relatórios com conclusões diferentes: um dos pareceres pede a expulsão do economista e o outro recomenda a pena de advertência. O destino partidário de Teixeira e de Venceslau será decidido em reunião do diretório nacional do PT, marcada para o dia 12 ... E FAZ GRAVES ACUSAÇÕES CONTRA ROBERTO TEIXEIRA, COMPADRE DE LULA, E PAULO OKAMOTO, RESPONSÁVEL PELO CAIXA DO PT Está aqui, a cavaleiro, para fazer graves ... www.ternuma.com.br/revela.htm - 93k - Em cache - Páginas Semelhantes |
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