Eleições no Brasil
O que o imperialismo quer
O que o imperialismo quer
O PT garante a representantes de banco norte-americano Merrill Lynch que a candidatura de Dilma Rousseff irá satisfazer os interesses dos capitalistas internacionais. Já a rede norte-americana CNN faz ressalvas quanto à economia do governo do PT, mas diz que Brasil não deve virar uma Venezuela com a vitória de Dilma
Na última semana, declarações de órgãos de imprensa internacionais e representantes do mercado financeiro norte-americano em sondagem sobre as eleições no Brasil deixaram claro o posicionamento dos principais agentes do imperialismo sobre o que será o próximo governo no País.Representantes do banco norte-americano de investimento Merrill Lynch, do grupo Bank of America, reuniram-se na última quinta-feira (17) com o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT) para discutir a candidatura de Dilma Rousseff.
Segundo Vaccareza, “há um desejo de conhecer melhor a Dilma, diante da probabilidade de ela vencer a eleição. Não falei sobre o pensamento da Dilma, mas sobre o projeto de infraestrutura do atual governo (...). Disse também que o Brasil estaria em boas mãos com qualquer resultado eleitoral. Acho que vamos ganhar, mas não vou fazer terrorismo para o caso de derrota” (O Estado de S. Paulo, 21/6/2010).
O banco já havia se colocado sobre as eleições no Brasil nos últimos meses.
No início deste ano seus representantes haviam se posicionado sobre as candidaturas nas eleições no Brasil em relatório lançado no dia 23 de fevereiro. Em texto intitulado "Kicking Off 2010 Presidential Election in Brazil" (Dando o pontapé inicial nas eleições presidenciais de 2010 no Brasil), os representantes do Merrill Lynch defenderam que o atual presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fosse candidato à vice-presidência da petista Dilma Roussef e Aécio Neves candidato a vice com José Serra do PSDB.
O relatório ainda elogiava Dilma Rousseff, dizendo que o ponto a favor de Dilma, para o banco, seria "a continuidade das políticas macroeconômicas, como o câmbio flutuante, a disciplina fiscal e o regime de metas de inflação". Não procurando opor nenhum dos candidatos nas eleições, declarou que os dois são “bem conhecidos” e que estes devem reforçar o Brasil como "um interessante caso de convergência para os indicadores globais, oferecendo potencial de ganhos no mercado de ações, com baixas taxas de juros e elevado crescimento".
O banco, um dos maiores dos EUA, claramente apóia qualquer um dos candidatos nas eleições, reconhecendo nestes o atendimento de seus interesses mas, como demonstram as declarações feitas preferencialmente sobre Dilma Rousseff, o imperialismo já dá a vitória da candidata do PT como certa.
A revista econômica brasileira Exame, também citando colocações de representantes do Merryl Linch no Brasil, em sua edição do dia 1º de fevereiro, havia declarado que “sob o governo petista de Dilma Rousseff, a tendência seria uma continuidade em termos de política econômica, porém, sem o capital político que o presidente Lula possui, o que implicaria em maiores riscos de execução”.
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