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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Hipócritas, graças a deus!!!

Combate ao Crack! Esta é ótima! Governo Civil combate porra nenhuma. Combateram e baniram a maconha? Combateram e baniram a cocaína? Combateram e baniram as armas e munições contrabandeadas e comercializadas em território brasileiro até hoje? Combateram e baniram a fome? Combateram e baniram a miséria? Combateram e baniram os ladrões do colarinho branco que amam os cofres públicos? Combateram e baniram a corrupção já endêmica?  Isto é conversa para analfabeto.
Não existe realmente limite para a hipocrisia manipuladora regada ao cinismo descarado dos nossos pseudos gerentes ditadores e seus implacáveis, coniventes e pútridos assessores.  O Brasil ou campo de concentração globalizado e moderno gerenciado por fantoches neoliberais que sempre falam e nada de concreto e permanente realizaram em prol da sociedade brasileira há décadas, a não ser a realização de incontáveis benefícios àqueles que se infiltram direto ou indiretamente na nossa podre e lucrativa política, se aproveitando através da sonegação de impostos gerando suas riquezas roubadas da nação brasileira, entre outros crimes financeiros que beneficiaram e beneficiam os 19 milhões de seletos, os vips ladrões brasileiros que nadam em dinheiro e querem mais que o restante da população brasileira se arrebentem e se danem até e morte como acontece, parece não ter jeito mesmo. Situação esta agravada após a derrubada da ditadura militar que foi trucidada pelo golpe capitalista elaborado pelos americanos e apoiados pela imprensa brasileira que colaborou para a solidez de um regime bem pior que o militar, o regime ditatorial capitalista selvagem, radical e implacável, onde foi originada toda a desgraça social que aí está, com quase todos os brasileiros iludidos, enganados, trapaceados, explorados, usados, desorientados, apáticos, frios, discriminativos, egoístas, insensíveis, insensatos e o pior de tudo uma nação de analfabetos políticos e analfabetos econômicos, prato cheio para a propaganda e programas enganosos financiados como o dinheiro público, pelos nossos traidores e ditadores governos civil, escancarado...  menos democráticos. Aliás, democracia só no dicionário, só não enxerga quem não pesquisa.
Portanto, além de nossas dantescas mostras de analfabetismo político e econômico quase que generalizado, em breve teremos aqui no Brasil um alarde frenesi proclamado pela nação de “um feliz 2012 pra você com muitas felicidades!” coroado pela estatística de aproximadamente 72 mil brasileiros assassinados. Um mar de sangue que já configura uma das mais graves, silenciada através de podre mídia, guerra civil da atualidade, e em seguida a nossas gravíssimas tragédias, e para abrir o próximo “ano novo”  ou próximo mês, da no mesmo, com chave de brilhante, os brasileiros irão as ruas patrocinar manipulados pelas propagandas e vícios históricos, tradição que nada, porque se ficassem em casa como sinal de amadurecimento político tal festa já pra lá de descarada, insana, pornográfica regada a todos os tipos de drogas e transmitida para mais de sessenta países, conhecida como car-na-val, não aconteceria e o restante do mundo começaria a estremecer.
Agora enganam os brasileiros dizendo que aqui está tudo ótimo e sob controle, os isolando diante do mundo dos gravíssimos problemas internacionais como se eles acontecessem na galáxia de Andrômeda. Tudo em prol  dos chacais capitalistas investidores que são apoiados , acariciados e beijados através de nossas políticas econômicas suja e assassina, que agradecem e  lucram cada vez mais com a miséria e desgraça generalizada que acontece no Brasil atualmente, através de suas ações nas bolsas de valores, mas é tudo em nome da democracia, democracia praticada apenas para políticos, milionários, banqueiros, empresários, menos para o povo trabalhador brasileiro. Afinal, onde existe uma guerra como a que vivenciamos atualmente, o comércio de armas e munição é constante e gera bilhões em lucros a quem fabrica e vendes tais produtos; Afinal, onde existe miséria e doenças, o comércio de remédios fabricados 95% em laboratórios internacionais, também geram lucro aos seus empresários através das bolsas de valores; Afinal, onde existe um descontrole do governo e o consumo de drogas como acontece no Brasil atualmente, drogas como o crack, merla, êxtase, anfetaminas, cocaína, cristal, o-xi entre outras porcarias, também existem pessoas que lucram bilhões e corrompem tudo e todos em seu caminho e a punição por desacordo é a morte.  Porque vocês acham que a corrupção está em toda a parte e as drogas em todo o território brasileiro? Pela eficiência e competência dos nossos pseudo-s governos democráticos ditadores civis brasileiro, garanto que não é.
Quem na realidade tem plano para banir drogas a armas do território brasileiro é o Exército Brasileiro, assim como fizeram no Equador em determinados setores. Está publicado no Google “Exército tem plano para o Brasil...”, publicado há meses tal plano, mas nossos irredutíveis fantoches ditadores capitalistas não dão a mínima para tal plano porque também se lucra que esta total desgraça. Mas cedo ou tarde este plano terá que sair já atualmente em regime emergencial da gaveta para o bem de uma nação inteira e não apenas para o bem de uma minoria que se beneficiam enquanto engavetado ele está.
Provavelmente e não com certeza absoluta, este plano do Exército já está em execução no Estado do Rio de Janeiro, tem até tanques blindados em favelas, campanha antidrogas nacionalmente e remoção de mendigos das ruas do Rio de Janeiro, isto para mascarar toda a sujeira existente pela total ausência do Estado Brasileiro. A ordem é manter a ordem a qualquer custo ou preço, mas os pobres é que se lascam nesta parada, como se eles fossem os culpados de ineficiência do Estado Brasileiro.  Estado que sediará a copa e olimpíadas às custas do massacrado povo brasileiro. Mas só no Rio de Janeiro será beneficiado com tais medíocres políticas, o resto do Brasil que tome no c... É o cúmulo do absurdo! Mas um absurdo real e como se estas afrontas posições fossem resolver os monstruosos problemas sociais que existem em todo o território brasileiro e não apenas em determinadas  cidades ou capitais.
Em breve todos veremos mais uma vez onde  irá dar estes delírios passageiros praticados por governo federal e estadual, onde na realidade a intenção é apenas dar satisfação a comunidade internacional, no desesperado ato de tentar melhorar a imagem do Brasil no exterior, como se o exterior não tivesse o mínimo de conhecimento sobre a podridão que acontece dentro do Brasil, os idiotas neste tabuleiro somos nós os brasileiros e não a esperta comunidade internacional que bota pra arrebentar com os brasileiros e seu território há décadas. O Brasil já alvo de conquistas futuras por outros países por motivos vários, ou vocês pensam que o desperdício da água e terras produtivas abandonadas é um problema apenas do Brasil. E quem estiver pensando que o real motivo do desarmamento da população brasileiro é a redução da violência, comete um terrível engano, existem planos mais ambiciosos da comunidade internacional para o Brasil, e uma população desarmada é mais fácil de ser conquistada.
O problema da nossa violência está diretamente ligada à terrível e desigual distribuição de renda, que gera um abismo em desigualdade social que é a razão de tudo o que não presta em nosso território, mas vale lembrar que esta desgraça também é favorável a canalhice política ainda em prática no Brasil, e esta situação caótica interessa a milhares que se beneficiam e que contribuem para que ela seja eterna. Estamos pagando e nossos netos pagarão mais ainda um preço altíssimo pelas irresponsabilidades governamental e social anteriores e atuais. Este será o futuro do Brasil conhecido internacionalmente como “um país de ninguém, uma república de bananas e irresponsáveis”. Estas frases, para nossa vergonha, até o presente não puderam ser mudadas por nenhum de nós.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

BC regulamenta participação de bancos privados no Minha Casa, Minha Vida


CURRAL ELEITORAL CONSTRUÍDO COM MATERIAL DE TERCEIRA QUALIDADE

No programa minha casa, minha vida “pagando”, só quem leva a pior é o consumidor, aliás, em qualquer tipo de financiamento. Se com os bancos federais a bronca já é absurdamente abusiva, imaginem agora com a intromissão, na partição do bolo lucrativo, dos bancos privados que lucram rios de dinheiro nas costas de cada cliente atualmente. Não é mole o cidadão ferrado e na esperança de dias melhores com a aquisição da casa própria, ter que pagar quase 200 mil por uma tapera que concluída não chega a quarenta mil. É uma extorsão descarada em cima dos poucos que podem fazer o financiamento, e que acha uma benção do além tê-lo conseguido, quando na realidade são passados para trás através de um golpe que só irão perceber quando terminarem de pagar a última parcela, se conseguirem, percebendo que o imóvel financiado não vale nem a metade do total pago no financiamento. Só quem lucra são os bancos que além de abusarem, ainda contribuem para mais subúrbios desorganizados e currais eleitorais, embora dispersados pelo Brasil afora. Isto se chama Ditadura Econômica, onde quem pensa que se dar bem, quebra a cara mesmo.
Pelas riquezas minerais do nosso solo dilapidado há décadas, cada brasileiro deveria está morando em casas ou apartamentos decentes em suas cidades super organizadas, e não na estrutura deprimente que constitui nossos, não digo cidades, mas subúrbios terríveis e marginalizados pela terrível desigualdade econômica, mãe da desigualdade social e da violência fora de controle e sem solução em que estamos inseridos.
O beco continua sem saída para todos os explorados brasileiros pelos próprios brasileiros que geralmente com êxito em seus estudos, botam, além dos nossos brutais governos, pra quebrar no lombo de seus compatriotas (palavra arriscada de citar nesta questão).

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Como vai o país que desafiou o FMI? Vai muito bem, com aplausos até do próprio FMI.


ÓTIMAS, da malásia 
Marcelo Manzano  (economista)
Fonte: Caros Amigos - Ano VI – Número 71 / Fevereiro de 2003
(sin permiso)

Mais uma vez volto à herética Malásia, tão pouco lembrada pelas vozes do mercado. Tempo atrás, aqui na Caros Amigos, contei a curiosa história deste tigre bravo que, desafiando o FMI e os mercados, baixou a cancela e a passou a controlar quem podia retirar dólares do país. Como comentei naquela ocasião, passado o susto inicial e arrefecidos os ânimos, o páis conseguie desvencilhar-se da cilada financeira em que havia se metido: fixou o valor do dólar em um patamar elevado (isto é, desvalorizou o câmbio), aumentou as exportações, baixou os juros, ampliou os gastos no setor público e, gradativamente, voltou a conceder passe livre a investidores externos que, ao contrario das profecias aborrecidas, mantiveram suas aplicações no país.
O PULO DO TIGRE
Indicadores selecionados da economia da Malásia em porcentagem e ano:
PIB (%) ..... -7,4 (1998), 7,9 (2000) e 3,5 (2002)                                            
Inflação anual (%)..... 5,1 (1998), 1,6 (2000) e 1,8 (2002)
Exportações (em US$ bilhões).....71,8 (1998), 98,4 (2000) e 93,3 (2002)
Reservas (US$ bilhões).....26,2 (1998), 29,9 (2000) e 34,6 (2002)
Até aí, nenhuma novidade. O que me traz de volta ao assunto foi  o fato de que, em dezembro último, o FMI tornou pública a sua mea-culpa (veja em http://www.imf.org/external/np/sec/pn/2002/pn02135.htm), assumindo que errou quando condenou a heterodoxia do primeiro ministro malaio Mahathir Mohamed. Em rara concessão à realidade, os analistas do FMI admitem agora que países com excessiva vulnerabilidade externa (dependentes da entrada líquida de dólares)  pode ser recomendável o controle de capitais e um câmbio desvalorizados como atalhos seguros para a redução das taxas de juros (que ficam desobrigadas de cumprir o papel de chamariz dos investidores externos) e, consequentemente, para a retomada do crescimento da economia.   
O sucesso da estratégia malaia é um importante marco cravado na arrogância financeira das políticas liberais. Para nós, em plena temporada de mudanças políticas *(época da ascensão do PT a presidência), acuados por um lado pelo timbre chantagista dos mercados e, de outro, pelo mar que é negro, é estimulante saber que há quem tenha ousado lançar-se às águas e sobrevivido com glória.
O novo governo, tendo de se equilibrar entre governabilidade e a sede por mudanças *(que foram por latrina abaixo, tornando-se o PT um partido leoliberalíssimo), parece impelido a ciscar o milho lançado pelos mercados, enquanto ganha horizonte econômico e fôlego político para mudanças de maior fulcro *(que não ocorreram em prol do social). Em princípio, como nos manuais de outrora, será sempre possível contrapor tática e estratégia. Contudo, aplicada à economia contemporânea, a velha fórmula da política pode ser demasiado arriscada.
Desde a década de 80. Com as transformações liberalizantes operadas nos sistemas financeiros ao redor do mundo e cm o surgimentos de fundos de investimentos responsáveis pela concentração e direcionamento de grandes fluxos de capitais em busca do máximo retorno no menor prazo possível, prevalece nos mercados uma tendência de que os interesses de curto prazo se sobreponham  aos interesses de longo prazo das empresas e dos governos (fenômeno batizado com a medonha expressão  de curtoprazismo). Como uma criança mimada, o mercado prefere sorvete a espinafre, indiferente às conseqüências negativas que esta opção traga ao organismo no futuro.
Ao se deixar pautar pela grita diária do mercado, mesmo que a título de tática, os governos correm o risco de se verem a ceder indefinidamente a novas táticas, distanciando-se cada vez mais de estratégias de mudanças econômicas e sociais.
É bom lembrar que, pelo mesmo vício de origem, Pedro Malan e Gustavo Franco tornaram o primeiro mandato tucano na esperança da consagração da estratégia: sobrevalorizaram o câmbio, promoveram a maior abertura comercial de nossa história, elevaram os juros, privatizaram o que puderam *(sem consulta popular, o que configura crime de lesa-pátria. Com os mentores ainda impunes), multiplicaram por dez a dívida pública e, antes de serem agraciados com os benfazejos capitais estrangeiros, foram atropelados pela crise asiática.
Infortúnio? Urucubaca? Ou destino de um governo ávido em acalentar o mercado e ser aceitos nos negócios de finanças globais? O sacrifício imposto naqueles anos (desemprego, desindustrialização, desestatização) não nos deu acesso à terra prometida. A tática nada tinha com a estratégia.
No mundo econômico, aliás, a história não registra êxito de economias periféricas que, abdicarem do instrumento de gestão macroeconômica (política fiscal, política monetária, política cambial), tenha conseguido sorrir no longo prazo. O capitalismo não é dado a largos períodos de bonança. Seus alicerces, para o mal ou para o bem, fundam-se na instabilidade, na destruição criadora, na especulação. Nesse ambiente, para sobreviver e prosperar, é vital que se tenha o maior grau de autonomia – interna e externa – da gestão macroeconômica. Foi o que fez\ a Malásia, no maior exemplo de “rebeldia” dos últimos anos, e para qual até o irredutível FMI se curva agora, não só reconhecendo o erro da condenação anterior, como, o que é mais importante, respaldando políticas econômicas “inimigas do mercado”, porém “amigas” do desenvolvimento daquele país.
(*) Observações atuais sobre os catastróficos governos do ex-partido de esquerda PT, atualmente neoliberal e corrupto até a medula, e outros partidos comparsas e também detrimentosos ao desenvolvimento sólido da nação brasileira, desde o fim da Ditadura Militar em 1984.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A matéria abaixo é de vital importância para que se compreenda mais profundamente as razões do porque do caótico Estado Brasileiro que aí está. A única esperança por enquanto é a certeza da suprema morte que levará os vermes da política corrupta e seus espíritos, se é que existe, para o sexto dos infernos, o quinto lotou faz tempo. E também torcermos para que as gerações futuras aprendam através do sofrimento histórico de seus antepassados que o mal absoluto ocasionado por traidores da pátria só traz desequilíbrios sociais e econômicos causadores de desgraças e violência ao bel prazer de uma minoria podre que sente prazer em ser corrupto e massacrar seus compatriotas.

Nem toda água do Paranoá lava a sujeira da Esplanada                         
Por  Fausto Arruda 
Fonte: www.anovademocracia.com.br  

(Sim permiso) 

Escrevi este texto quando as manchetes dos jornais diários estampavam o pedido de demissão do Ministro da Agricultura Wagner Rossi e as explicações do ministro do turismo no Congresso Nacional. É bem provável que, ao ler este artigo, o leitor de AND encontrará uma defasagem nas informações sobre os últimos abalos provocados por denúncias de corrupção no seio do ministério dilmista.  Essa endemia não se acabará enquanto persistir a condição semicolonial combinada com a semifeudalidade e o capitalismo burocrático imperantes no Brasil.
Conta a mitologia grega que, para atingir a imortalidade, Hércules realizou seus famosos doze trabalhos sob o comando de Euristeu, Rei de Argos de Micenas. Entre os trabalhos designados por Euristeu a Hércules, estava o desafio de limpar os estábulos de Augias, rei de Elida, cujo rebanho de cerca de três mil bois exalava um terrível mau cheiro, tendo em vista que há trinta anos se acumulava o estrume e a peste havia tomado conta de todo o reino. Hércules, que tinha de lavá-los, desviou o curso dos rios Alfeu e Peneio e, rapidamente, ficou tudo limpo.
Diferente dos estábulos de Augias, Brasília e, particularmente, a esplanada dos ministérios mais a praça dos "Três Poderes", possui tamanha sujeira que nem toda a água do lago Paranoá teria condições de limpá-la.

Raízes históricas
 São mais de quinhentos anos de sujeira acumulada pelo passado colonial e semicolonial de nosso país, onde a exploração, aliada a uma cultura de privilégios gerou o patrimonialismo em que as classes dominantes vêm se nutrindo por todos esses séculos. Se trinta anos de estrume acumulado nos estábulos de Augias provocou a peste em todo o seu reino, imagine-se o estrago causado por essa chaga secular ao povo brasileiro.
A divisão de nosso território em capitanias hereditárias e a distribuição das terras através das sesmarias, para levar a diante a empresa colonial baseada na monocultura da cana-de-açúcar, deram origem a uma sociedade marcada pelos privilégios nas relações econômicas, políticas e sociais a ponto de serem institucionalizadas não só no quadro jurídico como na cultura geral ao se fazer o elogio da esperteza, do jeitinho e da malandragem.
 O fato de não contarmos em nossa História com nenhum episódio revolucionário vitorioso que pudesse varrer e lavar a sujeira produzida até então, nos deixou esta herança de lixo conformada na existência de um Estado que já nasceu podre por sua natureza semicolonial. Um Estado instrumento da ditadura exercida pelas classes dominantes, serviçais do colonialismo e do imperialismo, sobre a maioria do povo. Um Estado que estampando uma aparência de independência e de democracia traz em sua essência a mais abjeta submissão aos interesses forâneos e o maior desprezo à efetiva participação das massas. Basta dizer que nenhum dos ciclos econômicos posteriores e nenhum rearranjo na cúpula do poder dominante ensejaram a mínima alteração na cultura de privilégios implantada no período colonial.
A inexistência de rupturas em nosso desenvolvimento histórico é responsável não só pelo lixo acumulado, expresso na formação patrimonial das classes dominantes, como, em consequência disso, a total ausência de punição, ou mesmo, de crítica aos opressores e exploradores de nosso povo, fato muito fácil de ser comprovado a partir das homenagens aos condes, duques e barões feitas nos nomes de ruas, praças, monumentos e até de cidades como Petrópolis, Teresópolis ou Presidente Médici.

Semifeudalismo travestido de federalismo e municipalismo 
Para não irmos muito longe, tomemos como marco o episódio que se chamou de proclamação da República. A República surge trazendo como herança os vícios e práticas nocivas da Colônia e do Império e, em correspondência ao caráter do Estado dominado por uma burguesia compradora e pelo latifúndio, ambos lacaios do imperialismo, primeiro o inglês e posteriormente o ianque, descentraliza para atender à semifeudalidade e centraliza para implantar o capitalismo burocrático em atendimento aos interesses do imperialismo.
Dessa forma, o federalismo e o municipalismo são inseridos na constituição republicana como letra morta, haja vista sua depuração do conteúdo democrático e de preservação do regionalismo e do equilíbrio em seu desenvolvimento. O que veio a prevalecer, de fato, foi a utilização dos estados e municípios pelas oligarquias como base de apoio para o desenvolvimento do capitalismo burocrático a partir da manutenção do semifeudalismo. Assim, as oligarquias locais, de posse do poder político, incluídos aí o policial e o jurídico, coroando seu poder econômico, passaram a reproduzirem-se sobre si mesmas, institucionalizando o patrimonialismo e a cultura dos privilégios.
Estabelecidos os limites da descentralização, carecia ao capitalismo burocrático o estabelecimento de uma região para ser o epicentro de seu desenvolvimento, o que veio a acontecer com o Sudeste brasileiro, principalmente com o estado de São Paulo. Enquanto nessa região se operava um intenso processo de modernização puxado pela industrialização e pela urbanização, o Norte, o Nordeste e o Centro Oeste sofriam um processo de isolamento sob o domínio do atraso oligárquico.   
 O surgimento de uma burocracia, dando ossatura à máquina estatal, se faz sentir com bastante vigor, assim como a voz comum de que a mesma "cria dificuldades para vender facilidades".  Ao se colocar a serviço dos monopólios que se instalaram no Brasil e de poderosos grupos nacionais aquinhoados pelas benesses do Estado os burocratas foram gradativamente ascendendo à condição de membros das classes dominantes na categoria de sócios menores.
Esses são, pois, os ingredientes que dão qualidade às semicolônias do imperialismo. A existência do capitalismo burocrático no qual os grupos de poder das frações compradora e burocrática da grande burguesia, assim como o latifúndio, se digladiam para abocanhar maior parcela de poder dentro do aparelho de Estado. Nessa luta vale tudo. Desde a realização de eleições fraudulentas e a compra de mandatos, passando pela sonegação de impostos até a distribuição escancarada de propinas aos gerentes de turno e seus auxiliares.

O Gerenciamento oportunista exacerba a corrupção
Quando presidente do PT, José Dirceu, acolheu por inteiro o adágio "em terra de sapo, de cócoras com eles" e entrou de cara no que ele chamava de jogo sujo, ou seja, abandonar toda a verborragia demagógica até então característica dos petistas e adotar uma postura pragmática em consonância com a cultura política burguesa, o PT firmou compromisso com o imperialismo, com o latifúndio e com a grande burguesia, ao mesmo tempo em que passou a adotar os métodos conhecidos como "toma lá, dá cá". Luiz Inácio, beneficiário direto dessa estratégia, tratou de aperfeiçoá-la liberando os correligionários e aliados para a aplicação dos pequenos e grandes golpes enquanto fingia não ver nada nem saber de nada. Foi assim que as verbas do PAC e as emendas parlamentares ao orçamento passaram a se constituir em butim para uma ladroeira voraz. Tão voraz que, de um momento para o outro, passou a devorar-se, dando origem à torrente de escândalos que envergonha a nação.
A gerente Dilma Rousseff tem sido distinguida pela imprensa dos monopólios, ansiosa por emplacar os seus corruptos nos cargos vagos, como aquela que está realizando uma faxina no ministério herdado de Luiz Inácio. Na verdade, não existe faxina alguma, pois, se houvesse, ministérios como o da saúde, o da educação, planejamento, ou qualquer outro sobre o qual se fizesse foco, teriam desarticuladas as máfias que parasitam os recursos públicos. Dilma Roussef é filha desse processo e compactua com ele. Ainda há ingênuos ou uma variante de oportunistas que vira e mexe levantam a surrada teoria da banda podre e propõem CPIs e inquéritos que todos, inclusive eles, sabem que não vão dar em nada. Dirceu que o diga, pois deixou o ministério para ser o lobista, dentre outros, de um dos homens mais ricos do mundo. Êta castigo!

Os limites do oportunismo
A crise econômica que abala o mundo inteiro tem servido, em geral, para mostrar os limites do oportunismo no gerenciamento do Estado. Particularmente no Brasil, esses limites começam a se mostrar mais evidentes e, apesar do tremendo esforço por encobrir a realidade com esmolas e propaganda enganosa, é cada vez maior o número de pessoas que tomam consciência desse fenômeno. De nossa parte, temos chamado a atenção para o fato de que aqueles que têm esta consciência precisam ousar mais em mostrar a falência do gerenciamento oportunista e, mais que isso, apontar a necessidade de uma revolução de nova democracia. Uma revolução democrática, agrária e anti-imperialista terá todas as condições de mudar a cultura dos privilégios e abrir um novo tempo em que lesar o povo e a pátria sejam considerados crimes imperdoáveis.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A CULPA É DO ESTADO BRASILEIRO E O SEU DEVER E DIREITO É PROCESSÁ-LO





Aí está mais uma prova da total isenção do Estado brasileiro corrupto e podre e com sua total conivência e complacência com o comércio livre e assassino, por falta de fiscalização federal, de todos os tipos de agrotóxicos existentes e vários proibidos em vários países do mundo, mas que aqui no Brasil, terra de ninguém e de bananas, é comercializado livremente e ainda tem isenção de impostos como acontece no Estado do Ceará (paradoxalmente, o que mais produz orgânicos no Brasil – povo inteligente), por parte da maioria de pseudos empregados do povo (governantes) e de pseudos juristas (também empregados do povo), que se envolvem diretamente através da política suja e corrupta, com a indústria de agrotóxicos, geralmente multinacional, que dá sua contribuição à bandidos, criminosos, traidores e canalhas, não combatendo o que aí está, colocando o dinheiro sujo a frente da dignidade e patriotismo, com sua endêmica corrupção encravada na medula, visando apenas e exclusivamente o lucro fácil em detrimento total a todos os cidadãos brasileiros cobais e os que sofrem com o mal causado por estes produtos que acabam com a vida através de cânceres em milhares de pessoas, no gigantesco laboratório, também de transgênicos, chamado Brasil. Onde os desinformados se arrebentam pensando que a causa de sua doença é um desígnio de deus, quando na realidade não passa de mais um crime da elite capitalista e corrupta que ainda comanda o Estado brasileiro.

sábado, 17 de setembro de 2011

PARA VOCÊ LEITOR TER UMA PEQUENA NOÇÃO DE COMO VIVEM OS QUE ROUBAM O DINHEIRO PÚBLICO BRASILEIRO E QUE AINDA SÃO PROTEGIDOS PELO STJ (SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA) ATRAVÉS DAS FALHAS QUE NÃO PODEM DEIXAR DE EXISTIR NO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO. FALHAS QUE ACOBERTA CORRUPTOS LADRÕES DE TODAS AS ESPÉCIES, QUE VIVEM ESCLUSIVAMENTE COMO PASSATEMPO EM ROUBAR O DINHEIRO PÚBLICO BRASILEIRO. CONTINUANDO DESTA INSULTANTE MANEIRA, IMPUNES E SORRIDENTES EM UMA AFRONTA DIRETA A CADA BRASILEIRO TRABALHADOR E CONTRIBUINTE



Do G1, em Brasília - 17/09/2011

STJ anula provas de operação da PF que investigou família Sarney
Segundo advogado, quebras de sigilo não foram 'bem fundamentadas'.
Investigados têm interesse no prosseguimento da apuração, diz defesa.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as provas da Polícia Federal obtidas durante a Operação Faktor (ex-Boi Barrica), que investigou negócios do empresário Fernando Sarney no Maranhão e de outros familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
O julgamento de um habeas corpus impetrado pela família Sarney e analisado pela 6ª Turma do STJ ocorreu durante esta semana. As provas anuladas foram quebras de sigilo fiscal, telefônico e bancário. Ainda cabe recurso da decisão.
Durante a Operação Faktor, a PF identificou um suposto esquema de tráfico de influência, desvio de recursos, lavagem de dinheiro e envio irregular de recursos ao exterior.
De acordo com o advogado Eduardo Ferrão, que defende a família Sarney, a decisão que anulou as provas "em momento algum implica em impunidade". "O tribunal anulou as provas, mas deixou claro que as investigações devem prosseguir. (...) Os investigados têm maior interesse que as apurações continuem", disse Ferrão.
Conforme o advogado, o STJ considerou que as decisões que autorizaram as quebras de sigilo não foram "bem fundamentadas".
"Não pode haver uma devassa indiscriminada e por isso o STJ considerou que as decisões não estavam fundamentadas."
Ferrão lembrou que não se trata de decisão inédita, uma vez que já foram anuladas provas obtidas pela Polícia Federal em outras ações, como a Operação Satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, e a Operação Castelo de Areia, que apurou supostas irregularidades relacionadas à atuação da Construtora Camargo Corrêa.





Do G1 e do Jornal Nacional . 17/09/2011

Fernando Sarney é indiciado pela PF por evasão de divisas
Empresário prestou depoimento, mas não respondeu às perguntas.
PF investiga suposto esquema de envio irregular de dinheiro ao exterior.

O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), foi indiciado nesta sexta-feira (7) pela Polícia Federal pelo crime de evasão de divisas.Ele prestou depoimento, em São Luís, e não respondeu a nenhuma pergunta.
No ano passado, Fernando Sarney foi indiciado em três inquéritos por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica e gestão irregular de instituição financeira. A defesa do empresário nega todas as acusações.
A Polícia Federal investiga uma suposta operação simulada de comércio exterior que envolve o empresário, conforme divulgou o jornal “Folha de S.Paulo”, no dia 26 de março. A suposta operação tinha como objetivo a remessa ilegal de recursos para fora do país.
De acordo com a reportagem, a investigação é um desdobramento da operação Faktor (ex-Boi Barrica), da Polícia Federal, que apura a existência de contas do empresário em outros países.
O suposto esquema irregular de envio de recursos ao exterior simulava uma operação de comércio exterior com empresas brasileiras e chinesas de fachada. Uma empresa brasileira simulava a compra de produtos chineses. O contrato era registrado no Banco Central para o envio de dólares para a conta da empresa exportadora na China, mas a mercadoria nunca era enviada ao Brasil.
A reportagem disse ainda que policiais de São Paulo e fiscais já haviam identificado, no ano passado, um grupo de 40 empresas que poderiam usar do mesmo artifício para remeter dinheiro ilegalmente para o exterior, num total que pode ter sido superior a US$ 800 milhões entre 2005 e 2008.


Do G1, em Brasília - 17/09/2011

PF investiga suposta remessa ilegal de Fernando Sarney à China, diz jornal
Esquema envolveria falsas transações de comércio exterior.
Empresário e seu advogado não comentaram assunto.

A Polícia Federal investiga uma suposta operação simulada de comércio exterior que envolve o empresário Fernando Sarney, filho mais velho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), diz reportagem publicada na edição desta sexta-feira (26) do jornal “Folha de S.Paulo”. A suposta operação tinha como objetivo a remessa ilegal de recursos para fora do país.
De acordo com a reportagem, a investigação é um desdobramento da operação Faktor (ex-Boi Barrica), da Polícia Federal, que apura a existência de contas do empresário em outros países. Fernando Sarney e seu advogado não comentaram o assunto.
O suposto esquema irregular de envio de recursos ao exterior simulava uma operação de comércio exterior com empresas brasileiras e chinesas de fachada. Uma empresa brasileira simulava a compra de produtos chineses. O contrato era registrado no Banco Central para o envio de dólares para a conta da empresa exportadora na China, mas a mercadoria nunca era enviada ao Brasil.
A reportagem diz ainda que policiais de São Paulo e fiscais já haviam identificado no ano passado um grupo de 40 empresas que poderiam usar do mesmo artifício para remeter dinheiro ilegalmente para o exterior, num total que pode ter sido superior a US$ 800 milhões entre 2005 e 2008.
Nesta quinta-feira (25), o jornal revelou que a Suíça havia bloqueado US$ 13 milhões em uma conta controlada pelo filho do presidente do Senado. O pedido de bloqueio teria sido feito pela Justiça Federal brasileira. Fernando Sarney teria tentado transferir o dinheiro para o paraíso fiscal europeu de Liechtstentein. O empresário também não se manifestou sobre esse caso.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

INTERESSES PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES EM DETRIMENTO AOS BRASILEIROS CARENTES E DISCRIMINADOS





Não existe limite para o cinismo dos bandidos traidores do povo brasileiro tratados apenas como números, votos, para a próxima eleição. Vão novamente enganar o povo e retirar da gaveta mais um golpe sobre todos os brasileiros, mais um imposto sobre o povo que mais paga impostos no mundo e onde o retorno é zero e a sociedade carente, maioria no Brasil, continuará a ver seus hospitais públicos, escolas públicas, ruas, avenidas, estradas e redutos eleitoreiros abandonados como sempre foram. As eleições se aproximam e junto com ela vem dezenas de concursos e se possível mais impostos, porque todos estes tipos de arrecadação, com a atual corrupção que está inserida praticamente em todos os partidos e políticos e em uma grande camada da sociedade que é induzida indiretamente pela impunidade crescente, com certeza não serão destinados para o bem do povo carente brasileiro e sim para as próximas campanhas que além de ter o apoio do empresariado que se beneficia com os que eles elegem, também terá uma gigantesca parcela dos impostos pagos por todos os que trabalham no Brasil. As atrocidades políticas, econômicas e jurídicas continuarão acontecendo e o povo continuará sendo enganado, trapaceado, usado e pagando mais impostos em nome de uma democracia ditatorial que só beneficia os corruptos e ricos do nosso e vários outros países.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A MÁFIA POLÍTICA ASSESSORADA PELA ENDÊMICA CORRUPÇÃO APOIADA PELA PODRE IMPRENSA E MÍDIA NÃO ESTÁ APENAS NOS PAÍSES POBRES DO TERCEIRO MUNDO COMO É O CASO DO BRASIL. O VERME DA (honrada) HIPOCRISIA ESTÁ EM TODO O PLANETA. PORTANTO CABE A NÓS INFORMAR AO PÚBLICO DESINFORMADO E APÁTICO, O QUE REALMENTE ACONTECE. (abaixo matéria copiada que serve como alerta a todos)




"O que está acontecendo?", questiona Julian Assange sobre a imprensa.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, abriu o InfoTrends nessa quinta-feira (01), com a palestra "A Era da Transparência Global". De Londres, por meio de videoconferência, o ex-hacker explicou como funciona a organização que preside e falou sobre o impacto político que o site especializado em divulgar documentos secretos causa. Ressaltou como a ação dos colaboradores é fundamental para colocar, ao alcance da sociedade, informações de interesse público. Além disso, comentou a relação de parceria com a imprensa, os bloqueios que o site recebeu de operadoras de cartões de crédito, e as acusações de ter revelado fontes.

Essa é a primeira vez que o cyberativista interagiu ao vivo com o público brasileiro. Assange, ainda no início de sua fala, fez questão de dizer que gostaria de estar no Brasil e que tem vontade de conhecer o país.

Entre os temas abordados por Assange está a violação do acordo de parceria da imprensa com o WikiLeaks. "O The Guardian e o New York Times violaram nossos acordos e editaram informações que acobertam criminosos".

Sobre o The Guardian, ele mencionou um telegrama com informações sobre a Bulgária, que foi editado para produzir uma matéria. "O Guardian não estava interessado na Bulgária, mas no personagem russo que estava no telegrama, por causa da relação conflituosa do jornal com o país. O jornal retirou dois terços do conteúdo do telegrama, quase todo conteúdo realmente importante. Era o que escondia da população búlgara informações sobre a corrupção de seu governo", disse.

Sobre o assunto, o ativista político entrevistou o editor do jornal. "Ele admitiu que o
 The Guardiannão podia dar nomes de empresas ou pessoas capazes de processá-los. Seria muito caro para o jornal". E completou. "Na verdade, Londres é uma das capitais com uma imprensa que oculta informações do público em geral".

Do New York Times, Assange lembrou o caso em que o jornal divulgou que a Coréia do Norte enviou carregamento de mísseis para o Irã. Segundo ele, o telegrama dizia que os coreanos do norte jamais haviam testado mísseis e que, se houve carregamento para o Irã, foi de peças."Essa informação foi retirada pelo jornal", ressaltou.

Ainda sobre o jornal norte-americano, Assange falou sobre uma matéria que os editores impediram de ser veiculada na Alemanha. O conteúdo era basicamente uma lista extraoficial do governo americano, com aproximadamente duas mil pessoas que deveriam ser capturadas ou mortas - e o governo afegão não sabia que o país estava na lista. "É claro que isso é notícia. O repórter Eric Schmidt, da Der Spiegel, revista semanal mais respeitada da Alemanha ia publicar, mas os editores do New York Times acabaram com a matéria e ela nunca foi publicada".

Após citar esses e outros exemplos, Assange fez um questionamento: "O que está acontecendo?". E respondeu em seguida: "Por um lado podemos dizer que é hipocrisia, simplesmente. As organizações que se orgulham em dizer que perseguem e publicam a verdade, são mentirosas. Elas não fazem isso. E quando não publicam a verdade, elas não dizem ao público o que estão ocultando".

Sobre o anonimato das fontes, que colaboram com a organização e tiveram as respectivas identidades não-preservadas, ele enfatizou: "A WikiLeaks jamais revelou fontes, não há acusação crível para isso. Por enquanto, as afirmações de que colocamos pessoas em perigo são falsas. Essa alegação, que somos uma organização irresponsável, é inacreditável".

Para ele, a oferta de fontes "não é um problema", e reconheceu a força da web e dos blogs. "A pessoa pode ter um blog nos EUA, que divulga verdades, mas, se você tiver um veiculo que atinge milhões de pessoas, essa verdade pode ser encoberta por mentiras".

Ainda sobre os dois veículos, Assange comentou que durante as negociações, ele percebeu que há uma grande diferença entre o que a população quer e o os ângulos que são escolhidos pelos grupos de comunicação. "A população é muito menos conservadora", complementou Assange. Apesar das críticas à imprensa ocidental, Assange deixou claro que a relação tem que ser de parceria. "Nós nos opomos à arbitrariedade, a grupos corruptos que tentam utilizar de coerção, força e outras pressões para impedir as pessoas de se comunicar. A maior lição para nós, no jornalismo, no ativismo, é que o importante é nunca deixarmos de agir. Nunca devemos ter medo de declarações do governo ou da sociedade, se testarmos a veracidade dessas informações".

Ele lembrou o começo de seu trabalho, e disse que não tem medo de concorrência. Afirmou incentivar outras organizações a se inspirarem no WikiLeaks. "Fazemos parte desse mundo. E nós queremos ver as pessoas publicando a verdade de todas as formas possíveis", concluiu.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

NECESSÁRIO RESUMO EM PROL DE UM PAÍS NO FUTURO QUE É HOJE, SÉRIO E HONRADO. ASSIM COMO SÃO OS PAÍSES DE PRIMEIRO MUNDO. BRASIL E BRASILEIROS QUERENDO ADMITIR OU NÃO JÁ SÃO DO QUARTO MUNDO PORQUE SOMOS O PRIMEIRO PAÍS NO RANKING MUNDIAL EM VIOLÊNCIA INTERNA QUE MASCARA NÃO UMA SOCIAL, MAS UMA GUERRA CIVIL NÃO DECLARADA.





Derrubaram a Ditadura Militar e elegeram a Ditadura Civil Capitalista Sangrenta assessorada pela corrupção e impunidade, disfarçando todo o sujo esquema aos idiotas, com a palavra DEMOCRACIA. Jogando o Brasil em uma Guerra Social denunciada pela ONU em 1999 com quarenta  mil assassinatos a época, perfazendo um total de assassinados pela total ausência do Estado Brasileiro desde 1984; fim da Ditadura Militar, até a presente data, mais de um milhão e duzentos mil brasileiros, um genocídio a vistas grossas da ONU e da canalhada que governa o Brasil até o presente 2011. Como se estas traições em nome da corrupção e incompetência não fossem o suficientes, privatizaram o que puderam e deu tudo errado, único país do mundo onde isto ocorreu; cidadãos que pagam seus impostos em dia morrem em hospitais públicos por falta de atendimento diariamente; escolas públicas não prestam; Constituição Federal  não é respeitada; Leis não são cumpridas; Judiciário é ineficiente e complacente; Programas sociais dão esmolas; a  maioria das ONGs passam a mão no dinheiro público; bancos federais usam dinheiro público, meu e seu, para socorrer banqueiros e empresas falidas e os cidadãos que se danem;  se constroem mais presídios que escolas; cidades crescem desordenadas  em favelas e subúrbios deprimentes e decadentes;  jogam o povo brasileiro dentro deste campo de concentração Brasil onde refugiados e desorientados não sabem mais o que fazer para organizar tamanha bagunça ocasionada por incompetentes pseudo governos democráticos; a imprensa é para o povo e jamais pelo povo, se assumindo como subserviente e complacente com nossa tragédia social, econômica e política; a mídia é alienante e condicionativa, manipulando os brasileiros à apática estagnação direcionando-os através do subconsciente coletivo à desunião, desvalorização de todos os vitais e necessários princípios morais, ao consumo desenfreado de álcool e drogas, ao preconceito e a festas e carnavais pós sucessivas tragédias nacionais; o Brasil de norte a sul e de leste a oeste é entregue aos cartéis das drogas e que se danem as famílias e seus ente queridos; as fronteiras, transporte rodoviário, aéreo e fluvial brasileiros estão entregues as baratas; a nossa polícia federal não pode trabalhar porque a corrupção é quem manda; movimentos sociais são oprimidos pela força militar ao bel prazer do desmandado poder gerenciador; escritores,  artistas e intelectuais também apáticos, impotentes e incapazes não conseguem produzir mais nada que influencie o povo a mudança porque seus honrosos méritos foram conseguidos antes de 1984; Iludem um país inteiro com promessas para um futuro melhor, quando o futuro é hoje, agora; desrespeitam o massacrado povo brasileiro com o total apoio dos que tem interesse em se beneficiar e ganhar dinheiro público facilmente através de campanhas políticas sujas, e derramam milhões em dinheiro com propagandas que chegam a cobrir ruas e calçadas de centenas de cidades; promovem uma festa eleitoreira bilionária a cada dois anos, prometem e mentem descaradamente em palanques, negam o comprovante do voto aos eleitores e estes sem a prova em quem votou, não pode se unir a outros para processar hipócritas, gananciosos e egoístas que se apoderam do dinheiro público em benefício próprio ou do seu partido. Ainda tem quem mate ou aposte tudo o que tem neste período eleitoreiro, que só beneficia quem ingressa como empregado do povo na mamata da politicalha brasileira.
Portanto, tudo o que acontece de desgraça dentro do Brasil que atualmente já vive uma guerra civil não declarada, com criminosos que cometeram crimes de lesa pátria, soltos e vivendo a vida numa boa. Não me surpreende mais. O que me surpreende é não termos o Exército, Marinha e Aeronáutica à frente para junto com o povo - sozinhos não darão conta, acabar de uma vez por todas com as nossas tragédias sociais e jogar nos presídios os verdadeiros ladrões do povo brasileiro, para que possamos ter o direito de ir e vir com total segurança e para que tenhamos nossas fronteiras defendidas e vigiadas, como tínhamos antes desta Ditadura Civil Capitalista Sangrenta que todos os brasileiros vivenciam atualmente, e sem nenhuma perspectiva de melhora, só promessas enganadoras que se arrastam há anos e que construiu o Brasil que aí está.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EIS UMA PIADA DE MUITO MAU GOSTO, PARA UMA RÁPIDA DESCONTRAÇÃO. PRECISAM DA FORÇA DOS TRABALHADORES, QUE NÃO TÊM MAIS FORÇA PRA NADA OU APENAS DO DINHEIRO DELES? ATÉ A PRESENTE DATA TODOS OS SINDICATOS BRASILEIROS, POR ISENÇÃO DE AÇÕES DIRETAS ATRAVÉS DE MOVIMENTOS GREVISTAS, SÃO COMPLACENTES COM A DITADURA CIVIL BRASILEIRA QUE AÍ ESTÁ, E NÃO DÃO UM PASSO A FAVOR DOS OPRIMIDOS E DESCRIMINADOS TRABALHADORES BRASILEIROS. A HIPOCRISIA É QUEM MANDA, VALE TAMBÉM SALIENTAR QUE AS VERBAS DESTINADAS AS CENTRAIS SINDICAIS PELO GOVERNO FEDERAL, TAMBÉM DETERMINA A SUBMISSÃO DESTES EM DETRIMENTO DO TRABALHADOR, DO POVO. A CORRUPÇÃO CHEGOU AOS SINDICATOS, ISTO ATÉ QUE SEJA PROVADO O CONTRÁRIO COM DEFLAGRAÇÕES DE GREVES PARA PARAR O PAÍS EM PROTESTO ABSOLUTO A BADERNA DITATORIAL GENERALIZADA IMPOSTA, E MOSTRAR AOS FANTOCHES DITADORES SUBSERVIENTES DO CAPITALISMO NEOLIBERAL, QUEM REALMENTE MANDA EM UMA NAÇÃO. QUE AQUI FAÇO QUESTÃO DE FRISAR: QUEM MANDA EM QUALQUER PAÍS É O POVO QUE NELE HABITA E OS GOVERNOS SÃO MEROS EMPREGADOS DO POVO PARA GUIÁ-LOS, REPRESENTÁ-LOS E DEFENDÉ-LOS. MAS A DIGNIDADE FRIZADA NÃO EXISTE NO BRASIL ATUAL. PORTANTO CABE AOS SINDICATOS, UNIDOS, E MAIORES PARTIDOS POLÍTICOS LEGÍTIMOS DE QUALQUER NAÇÃO, TOMAR A FRENTE OU ENTÃO A PENÚLTIMA ESPERANÇA DA NAÇÃO BRASILEIRA ANTES DO EXÉRCITO, AERONÁUTICA E MARINHA, TAMBÉM ESTARÁ PERDIDA. SERÁ QUE TODOS OS TRAIDORES DA NAÇÃO BRASILEIRA PENSAM QUE A CORRUPÇÃO, BANDIDAGEM E CANALHICE QUE TOMA CONTA DA BRASIL, IRÁ DURAR PARA SEMPRE? MUDANÇAS OCORRERÃO POR CONSEQUÊNCIA DA INSUSTENTÁVEL E FORA DE CONTROLE SITUAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA QUE ESTÃO DESTRUINDO O BRASIL E A SOCIEDADE BRASILEIRA.

                                                                                                                                                                              

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Está lá: Fundado em 1891 / Jornal do Brasil / O primeiro jornal 100% digital do país. Pense em uma grande coisa!!! Abaixo o comentário não publicado pelo jornaleco Jornal do Brasil, em relação ao assassinato da juíza que a meu ver não difere em nada do assassinato do miserável pobre e excluído que mora em sua palafita ou quartinho em uma dos milhares de favelas existentes no Brasil. O governador do Rio, que por sinal detesta pobre, esboçou sua reação contrária ao fato exigindo uma profunda, completa e rigorosa investigação quanto ao caso, que cá entre nós, não dará em nada, como não deu no caso do blogueiro carioca que foi atingido por vários tiros porque denunciava a podridão na polícia daquele Estado. Imagino que a esta altura do campeonato já devam está pronto todos os bodes expiatórios que ficarão à frente da podre mídia nacional assumindo o crime para dar uma falsa satisfação à sociedade brasileira da eficiência do governo do Rio e sua polícia. Muitas vezes os falsos criminosos aceitam a parada em troca da redução da pena que geralmente é longa. Atitude praticada há décadas e já denunciada no campo de concentração Brasil.

Infelizmente e sem hipocrisia vejo que enquanto a criminalidade que homicida a vistas grossas da maioria dos que compõem e legislativo e o judiciário brasileiro, sepultando por ano por homicídio a bala mais de 50 mil brasileiros pretos, pobres e viciados e alguns brancos ricos, não atingir também o segundo e primeiro escalão dos nossos hipócritas governantes e juristas, nada de concreto em medida preventiva será feito para garantir a segurança pública nacional por nossos incompetentes governantes e juristas que na realidade não dão a mínima para nossa guerra social denunciada pela ONU em 1999, e que se protegem como podem da crescente e fora de controle violência que domina o Brasil.
 Na Itália organizações criminosas chegaram ao extremo e políticos e juristas não eram poupados, mas deram jeito na situação. No Brasil não será diferente e o tempo mostrará a verdade que já tem projeção para 85 mil assassinatos em solo brasileiro em 2050.
 Não existe democracia no Brasil e sim uma ditadura econômica, corrupta e sangrenta que não governa para o povo e sim para partidos, políticos, juristas, empresários e multinacionais, que também se beneficiam em concordatas matinais à glória da tragédia brasileira atual e em detrimento absoluto aos brasileiros que estão inseridos e perdidos dentro deste terror social elaborado e praticado, conscientemente, por canalhas que governam uma nação sem futuro, uma vez que, quem manda e tem pena de morte dentro do Brasil atualmente é o crime organizado, que inclusive, elegem representantes dentro do legislativo. Estamos todos ferrados dentro desta política neoliberal globalizada podre e corrupta que gerencia uma nação através de concordatas e tramas maquiavélicas que aí está destruindo uma nação inteira, isto favorecendo os interesses econômicos internacionais que lucram com nossa tragédia social atual. É fácil compreender, o idiota governo brasileiro precisa de muitas e modernas  armas e munições fornecida pelo mercado externo elevando em Wall Street o poder econômico da nação e das indústrias bélicas americanas que fornecem seu aparato para se combater a paradoxal guerra contra as drogas e que é financiada pelo próprio governo estadunidense (americano), apoiado aqui pelos subservientes gerentes, não digo presidentes, e sim gerentes do Brasil, que deixam de lado uma reforma agrária de peso, séria e emergencialmente necessária e apostam desesperadamente em uma complacência benéfica, que não existe, de banqueiros que pregam o terror e querem mais é que o Brasil e os brasileiros se arrebentem a cada ano ficando cada vez mais individados.
Ou elegemos, não sei como, governantes competentes, que não sei onde estão, ou realmente a melhor saída para o território brasileiro e seus habitantes é o Exército, Aeronáutica e Marinha a frente e no poder para junto com cidadãos patriotas e com poder de soldado, tentar juntos limpar o território brasileiro destes traidores que nada fazem de concreto em prol da sociedade brasileira, a não ser, sepultarem por vários tipos de homicídios a bala, punhal... mais de 1.200 (um milhão e duzentos mil) brasileiros desde o fim da ditadura militar em 1984 até a presente data. Além de manipularem descaradamente a conivente e cínica mídia brasileira com seus super remunerados reporteres para através do subconsciente coletivo persuadir a sociedade brasileira atual de que a ditadura militar foi o período negro do Brasil, quando na realidade o período negro, sangrento e perigoso do Brasil é o que vivenciamos atualmente, com a total isenção do Estado Brasileiro em relação a segurança nacional e vários outros dantescos problemas, jogando uma nação inteira na arena da corrupção e do tráfico de drogas crescentes, e não se cansam de tramar incessantemente e na calada da noite contra toda a sociedade deixando de se investir em políticas sociais e emergenciais concretas e não passageiras como as que existem nesta ditadura civil da enganação e criminalidade (uma guerra silenciosa). Isto sim é terrorismo e não democracia, praticado aqui no Brasil por canalhas, corruptos e traidores da bandeira nacional que se duvidar limpam a bunda com ela.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Que o capitalismo irá ruir levando o mundo a uma depressão econômica bem mais grave que a de 1930 e que culminou na 2ª guerra mundial à benefícios de banqueiros com seus empréstimos para reconstruir nações (guerra também dá lucros e diminui a população no planeta), disto não existe a menor dúvida aos phd’s em economia atualmente. Agora subestimar a lógica que é investir emergencialmente e diretamente na agricultura para manter a nação brasileira e outras nações quanto ao quesito alimentação amparadas para se tentar amenizar a catástrofe anunciada de uma depressão econômica causada pela centralização econômica e ganância desenfreada apoiada pela corrupção e destruição de nações, é no mínimo uma total burrice de nossos governos ingênuos, infantis, despreparados e também phd’s em corrupções, que continuam investindo na política econômica do crédito direto com suas altas taxas de juros que levará o Brasil também ao caos, configurando uma genuína atitude de um bando de despreparados no quesito patriotismo e economia, e que não dão a mínima quanto aos gravíssimos problemas assessorados pelo desemprego, fome e criminalidade que atinge vários países e que atingirá o globo em quase sua totalidade e que o Brasil está vivenciando há décadas, achando estes acadêmicos de meia tigela que esta fase da sociedade brasileira faz parte natural da recente democracia e sua economia crescente (que beneficia poucos no Brasil). Todos pagarão um alto preço pelos desmandos com que tratam o território e todos os brasileiros que nele habitam e que atualmente se encontram impotentes mediante a desinformação generalizada quanto ao que se passa nos bastidores da economia brasileira e no restante do mundo, porque continuam manipulando milhões de brasileiros através do cartel da hipócrita imprensa que mantém mais da metade atual da população na mais absoluta ignorância política (haja pútridas novelas e o lixo dos enlatados americanos), sepultando de uma vez por todas qualquer reação social que atinja diretamente nossos fantoches e traidores governos responsáveis pelos pequenos Municípios, Estados e Nação Brasileira. Abaixo matérias copiadas do site www.cartamaior.com.br e publicadas aqui por serem de vital importância aos leitores.

 
ETERNOS PRIMITIVOS!




 Paul Krugman: "Podemos estar perto de reviver a crise de 1930"
Para aqueles que conhecem a história da década de 1930, o que está ocorrendo agora é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar perto de reviver 1931, a bancarrota bancária mundial que alimentou a Grande Depressão. Mas se as negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir o grande erro de 1937: a volta prematura à contração fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu que a depressão se prolongasse até que a II Guerra Mundial finalmente proporcionasse o "impulso" que a economia precisava. O artigo é de Paul Krugman.

Esta é uma época interessante, e digo isso no pior sentido da palavra. Agora mesmo estamos vivendo, não uma, mas duas crises iminentes, cada uma delas capaz de provocar um desastre mundial. Nos EUA, os fanáticos de direita do Congresso podem bloquear um necessário aumento do teto da dívida, o que possivelmente provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais. Enquanto isso, se o plano que os chefes de Estado europeus acabam de pactuar não conseguir acalmar os mercados, poderemos ter um efeito dominó por todo o sul da Europa, o que também provocaria estragos nos mercados financeiros mundiais.
Somente podemos esperar que os políticos em Washington e Bruxelas consigam driblar essas ameaças. Mas há um problema: ainda que consigamos evitar uma catástrofe imediata, os acordos que vêm sendo firmados dos dois lados do Atlântico vão piorar a crise econômica com quase toda certeza.
De fato, os responsáveis políticos parecem decididos a perpetuar o que está sendo chamado de Depressão Menor, o prolongado período de desemprego elevado que começou com a Grande Recessão de 2007-2009 e que continua até o dia de hoje, mais de dois anos depois de que a recessão, supostamente, chegou ao fim.
Falemos um momento sobre por que nossas economias estão (ainda) tão deprimidas. A grande bolha imobiliária da década passada, que foi um fenômeno tanto estadunidense quanto europeu, esteve acompanhada por um enorme aumento da dívida familiar. Quando a bolha estourou, a construção de residências desabou, assim como o gasto dos consumidores na medida em que as famílias sobrecarregadas de dívidas faziam cortes.
Ainda assim, tudo poderia ter ido bem se outros importantes atores econômicos tivessem aumentado seu gasto e preenchido o buraco deixado pela crise imobiliária e pelo retrocesso no consumo. Mas ninguém fez isso. As empresas que dispõem de capital não viram motivos para investi-lo em um momento no qual a demanda dos consumidores estava em queda.
Os governos tampouco fizeram muito para ajudar. Alguns deles – os dos países mais débeis da Europa e os governos estaduais e locais dos EUA – viram-se obrigados a cortar drasticamente os gastos diante da queda da receita. E os comedidos esforços dos governos mais fortes – incluindo aí o plano de estímulo de Obama – apenas conseguiram, no melhor dos casos, compensar essa austeridade forçada.
De modo que temos hoje economias deprimidas. O que propõem fazer a respeito os responsáveis políticos? Menos que nada. A desaparição do desemprego da retórica política da elite e sua substituição pelo pânico do déficit tem verdadeiramente chamado a atenção. Não é uma resposta à opinião pública. Em uma sondagem recente da CBS News/The New York Times, 53% dos cidadãos mencionava a economia e o emprego como os problemas mais importantes que enfrentamos, enquanto que somente 7% mencionavam o déficit. Tampouco é uma resposta à pressão do mercado. As taxas de juro da dívida dos EUA seguem perto de seus mínimos históricos.
Mas as conversações em Washington e Bruxelas só tratam de corte de gastos públicos (e talvez de alta de impostos, ou seja, revisões). Isso é claramente certo no caso das diversas propostas que estão sendo cogitadas para resolver a crise do teto da dívida nos EUA. Mas é basicamente igual ao que ocorre na Europa.
Na quinta-feira, os “chefes de Estado e de Governo da zona euro e as instituições da UE” – esta expressão, por si só, dá uma idéia da confusão que se tornou o sistema de governo europeu – publicaram sua grande declaração. Não era tranquilizadora. Para começar, é difícil acreditar que a complexa engenharia financeira que a declaração propõe possa realmente resolver a crise grega, para não falar da crise européia em geral.
Mas mesmo que pudesse o que ocorreria depois? A declaração pede drásticas reduções do déficit “em todos os países salvo naqueles com um programa” que deve entrar em vigor “antes de 2013 o mais tardar”. Dado que esses países “com um programa” se vêem obrigados a observar uma estrita austeridade fiscal, isso equivale a um plano para que toda a Europa reduza drasticamente o gasto ao mesmo tempo. E não há nada nos dados europeus que indique que o setor privado esteja disposto a carregar o piano em menos de dois anos.
Para aqueles que conhecem a história da década de 1930, isso é muito familiar. Se alguma das atuais negociações sobre a dívida fracassar, poderemos estar perto de reviver 1931, a bancarrota bancária mundial que tornou grande a Grande Depressão. Mas se as negociações tiverem êxito, estaremos prontos para repetir o grande erro de 1937: a volta prematura à contração fiscal que terminou com a recuperação econômica e garantiu que a depressão se prolongasse até que a II Guerra Mundial finalmente proporcionasse o impulso que a economia precisava.
Mencionei que o Banco Central Europeu – ainda que, felizmente, não a Federal Reserve – parece decidido a piorar ainda mais as coisas aumentando as taxas de juros?
Há uma antiga expressão, atribuída a diferentes pessoas, que sempre me vem à mente quando observo a política pública: “Você não sabe, meu filho, com que pouca sabedoria se governa o mundo”. Agora, essa falta de sabedoria se apresenta plenamente, quando as elites políticas de ambos os lados do Atlântico arruínam a resposta ao trauma econômico fechando os olhos para as lições da história. E a Depressão Menor continua.

(*) Paul Krugman é professor de Economia em Princeton e Prêmio Nobel 2008.              Tradução: Katarina Peixoto

A crise ideológica do capitalismo ocidental 
Realmente precisamos de outro experimento custoso com ideias que fracassaram repetidamente? Não deveríamos precisar, no entanto, parece cada vez mais que teremos que suportar outro fracasso. Um fracasso na Europa ou nos Estados Unidos para voltar ao crescimento sólido seria ruim para a economia mundial. Um fracasso em ambos os lugares seria desastroso – inclusive se os principais países emergentes conseguirem um crescimento autossustentável. Lamentavelmente, a menos que prevaleçam as mentes sábias, este é o caminho para o qual o mundo se dirige. O artigo é de Joseph Stiglitz. 

Há apenas alguns anos atrás, uma poderosa ideologia – a crença nos mercados livres e sem restrições – levou o mundo à beira da ruína. Mesmo em seus dias de apogeu, desde o princípio dos anos oitenta até o ano de 2007, o capitalismo desregulado ao estilo estadunidense trouxe maior bem estar material só para os mais ricos no país mais rico do mundo. De fato, ao longo dos 30 anos de ascensão desta ideologia, a maioria dos estadunidenses (americanos) viram suas receitas diminuir ou estancar ano após ano.
Mais do que isso, o crescimento da produção nos Estados Unidos não foi economicamente sustentável. Com tanto da receita nacional dos EUA sendo destinada para tão poucos, o crescimento só podia continuar por meio do consumo financiado por uma crescente acumulação da dívida. Eu estava entre aqueles que esperavam que, de alguma maneira a crise financeira pudesse ensinar aos estadunidenses (e a outros) uma lição acerca da necessidade de maior igualdade, uma regulação mais forte e um melhor equilíbrio entre o mercado e o governo. Desgraçadamente, isso não ocorreu. Ao contrário, um ressurgimento da economia da direita, impulsionado como sempre, por ideologia e interesses especiais, uma vez mais ameaça a economia mundial – ou, ao menos, as economias da Europa e dos EUA, onde estas ideias continuam florescendo.
Nos EUA, este ressurgimento da direita, cujos partidários, evidentemente, pretendem derrogar as leis básicas da matemática e da economia, ameaça provocar uma moratória da dívida nacional. Se o Congresso ordena gastos que superam as receitas, haverá um déficit e esse déficit deve ser financiado. Em vez de equilibrar cuidadosamente os benefícios da cada programa de gasto público com os custos de aumentar os impostos para financiar tais benefícios, a direita procura utilizar um pesado martelo – não permitir que a dívida nacional aumente, forçando os gastos a limitarem-se aos impostos.

Isso deixa aberta a interrogação sobre quais gastos terão prioridade – e se os gastos para pagar juros da dívida nacional não forem prioridade, uma moratória é inevitável. Além disso, cortar os gastos agora, em meio de uma crise em curso provocada pela ideologia de livre mercado, simples e inevitavelmente só prolongaria a recessão.
Há uma década, em meio a um período de auge econômico, os EUA enfrentavam um superávit tão grande que ameaçou eliminar a dívida nacional. Reduções de impostos insustentáveis e guerras, uma recessão importante e crescentes custos de atenção com saúde – impulsionados em parte pelo compromisso da administração de George W. Bush de outorgar às companhias farmacêuticas liberdade para a fixação de preços, inclusive com dinheiro do governo em jogo – rapidamente transformaram um enorme superávit em déficits recordes em tempos de paz.
Os remédios para o déficit dos EUA surgem imediatamente deste diagnóstico: os EUA devem trabalhar para estimular sua economia; deve-se por um fim às guerras sem sentido; controlar os custos militares e com medicamentos; aumentar impostos, ao menos para os mais ricos. Mas a direita não quer saber nada disso e está pressionando para obter ainda mais reduções de impostos para as corporações e os ricos, juntamente com os cortes de gastos em investimentos e proteção social, o que coloca o futuro da economia dos EUA em perigo e destrói o que resta do contrato social. Enquanto isso, o setor financeiro dos EUA pressiona fortemente para libertar-se das regulações, para que possa voltar às suas anteriores práticas desastrosas e despreocupadas.
Mas as coisas estão um pouco melhores na Europa. Enquanto a Grécia e outros países enfrentam crises a medicina em voga consiste simplesmente em pacotes de austeridade e privatização desgastados pelo tempo, os quais só deixarão os países que os adotarem mais pobres e vulneráveis. Esse remédio fracassou no leste da Ásia, na América Latina e em outros lugares e fracassará também na Europa. De fato, já fracassou na Irlanda, Letônia e Grécia.
Há uma alternativa: uma estratégia de crescimento econômico apoiada pela União Européia e pelo Fundo Monetário Internacional. O crescimento restauraria a confiança de que a Grécia poderia pagar suas dívidas, fazendo com que as taxas de juros baixem e deixando mais espaço fiscal para mais investimentos que propiciem o crescimento. O crescimento por si mesmo aumenta as receitas por meio dos impostos e reduz a necessidade de gastos sociais, como o pagamento de seguro desemprego, por exemplo. Além disso, a confiança que isso engendra conduz a mais crescimento ainda.
Lamentavelmente, os mercados financeiros e os economistas de direita entenderam o problema exatamente ao contrário. Eles acreditam que a austeridade produz confiança e que a confiança produz crescimento. Mas a austeridade solapa o crescimento, piorando a situação fiscal do governo ou ao menos produzindo menos melhorias que as prometidas pelos promotores da austeridade. Em ambos os casos, se solapa a confiança e uma espiral descendente é posta em marcha.
Realmente precisamos de outro experimento custoso com ideias que fracassaram repetidamente? Não deveríamos precisar, no entanto, parece cada vez mais que teremos que suportar outro fracasso. Um fracasso na Europa ou nos Estados Unidos para voltar ao crescimento sólido seria ruim para a economia mundial. Um fracasso em ambos os lugares seria desastroso – inclusive se os principais países emergentes conseguirem um crescimento autossustentável. Lamentavelmente, a menos que prevaleçam as mentes sábias, este é o caminho para o qual o mundo se dirige.
(*) Joseph Stiglitz foi Prêmio Nobel de Economia em 2001
Tradução: Katarina Peixoto
 
O perigoso mito da solvência dos bancos
Há uma falácia em uso segundo a qual o sistema bancário internacional estaria numa situação de perfeita solvência, enfrentando apenas um problema temporário de liquidez gerado pelo mau funcionamento dos mercados. Com o tempo, os mecanismos de mercado restaurariam o real valor dos ativos “herdados” e a economia caminharia para a recuperação. É um absurdo. O volume de dívida privada segue muito alto, o emprego segue caindo e a inadimplência e os despejos crescendo. Muitas entidades financeiras são insolventes sem esperança, portadores de uma multidão de papéis podres que não valem nada. O artigo é de Marshall Auerback.

Os bancos provavelmente terão demasiada liquidez até 2019 por culpa das regras de Basileia III para o sistema bancário global, sustentou o executivo chefe da União Bancária Suíça, Oswald Grübel, na semana passada. “Nos próximos dez anos, até o final de 2019, teremos bancos super capitalizados, com excesso de liquidez”, disse Grubel para uma plateia composta de homens de negócios em uma convenção. “No entanto, isso significa também que não haverá crescimento”. O senhor Grubel refletia sobre as mudanças no equilíbrio global de poder e sobre as possíveis consequências dessas mudanças. O alto executivo financeiro disse que a banca de investimentos poderia terminar se deslocando para os Estados Unidos e a Ásia se a Inglaterra e a Suíça seguirem exigindo fundos de capital próprio cada vez maiores. Mas o princípio econômico básico segue sendo o mesmo: “o poder vai para onde está o dinheiro”, disse.
Tudo isso está em sintonia estupenda com a falácia segundo a qual os bancos são basicamente solventes e seriam capazes de aumentar o crédito, se todos esses malditos reguladores públicos saíssem de cena. Como bem argumentou James Galbraith, toda essa gente acredita que o problema da banca financeira se reduz a um que outro encanamento obstruído. Um pouco de solvente em forma de ajudas e garantias públicas bastaria para fazer o crédito voltar a fluir normalmente. A maioria dos grandes bancos não seria insolvente, diz-se, e teria apenas um problema temporário de liquidez gerado pelo mau funcionamento dos mercados financeiros. Com o tempo, os mecanismos de mercado restaurariam o verdadeiro valor dos ativos “herdados”. E uma vez recobrada a saúde dos bancos, a economia toda caminharia para a recuperação.
Um absurdo. As cargas da dívida privada seguem sendo demasiado altas, o emprego segue caindo, e a inadimplência e os despejos seguem aumentando. Os ativos estão super valorizados mesmo com os preços deprimidos atuais. Muitas entidades financeiras (entre as quais se incluem, muito provavelmente, as maiores) são insolventes sem esperança, portadoras de uma multidão de papéis podres que jamais valerão nada.
Assim, portanto, por que estamos nos esforçando para implementar políticas que não fazem outra coisa que manter uma economia fundada no crédito? Aqueles que tomam decisões políticas no mundo seguem alimentando por toda parte a ficção de que se trata apenas de um problema de falta de liquidez temporária e não, como é o caso, de um problema de alavancagem excessiva, de endividamento excessivo e de alguns ativos herdados incrivelmente sobrevalorizados, baseados em alguns cenários econômicos acontecerão. Dadas as premissas erradas utilizadas pelos tomadores de decisões nos EUA, na Inglaterra e na Eurozona para lidar com a alavancagem das entidades financeiras, resulta óbvio que os problemas seguiram agravando-se se os governos não mudarem seu curso de ação. Isso redundará em uma restrição da capacidade de recuperação econômica mundial, trazendo consigo uma miríade de “décadas perdidas” de estilo japonês por todo o planeta.
Todo o boom econômico dos últimos 25 anos se baseou na desregulamentação financeira, na fraude massiva e em uma imensa acumulação de dívida privada, consequência de uma política fiscal incapaz de gerar pleno emprego e receitas crescentes. O crescimento se baseou no empréstimo ás famílias e na persistência de tendências de poupança negativa (ou seja, no crescimento da dívida das famílias). Por conseguinte, um bom ponto de partida para os esforços de recuperação seria mudar este método de crescimento econômico: promover o emprego em vez de capitular ante os cantos de sereia de alguns banqueiros, cuja falta de escrúpulos nos meteu nesta situação.
Em um mundo muito mais saudável, já teríamos sido arrastados pelo impulso de um gigantesco investimento público, ao estilo do que já ocorreu por ocasião da corrida espacial ou do Projeto Manhattan, para desenvolver novas tecnologias energéticas, ampliando a produtividade e a inovação, rebaixando assim os custos por unidade. Seria preciso também um esforço articulado para garantir as novas infraestruturas que são necessárias. (Cabe lembrar que as autoestradas foram construídas, em parte, por razões de defesa nacional e as ferrovias e canais foram parcialmente subsidiadas com dinheiro público). Mas com as colossais quantidades de dinheiro destinadas às campanhas eleitorais, não se pode confiar que um tal esforço público possa receber apoios significativos, tampouco de uma cidadania fragmentada e convertida em uma coleção de consumidores ansiosos. Os fundamentalistas da austeridade do déficit não conseguem compreender que o déficit orçamentário é essencial para o crescimento econômico estável, e que a contribuição do saldo comercial da balança de pagamentos – a diferença entre exportações e importações – não basta para sustentar a demanda interna quando o que o setor privado interno busca é economizar.
É preciso por fim a estas políticas econômicas ridículas. Não precisamos só de um incremento substancial da supervisão e da regulação do setor financeiro, mas temos que deter imediatamente as práticas que geraram, em primeira instância, esta crise. Abandonados a sua
própria inércia para enfrentar os problemas atuais, o que os mecanismos de mercado conseguirão é empurrar os executivos e os proprietários de entidades financeiras insolventes a ampliar suas perdas e enrolar-se em uma contabilidade ainda mais fraudulenta, o que inelutavelmente trará consigo um colapso ainda maior.

(*) Marshall Auerback é analista econômico, membro conselheiro do Instituto Franklin e Eleanor Roosevelt, onde colabora com o projeto de política econômica alternativa New Deal 2.0.
Tradução: Katarina Peixoto

domingo, 10 de julho de 2011

CRIMES ECONÔMICOS CONTRA A HUMANIDADE. MAIS QUE NA HORA DE SE CRIAR UM TRIBUNAL INTERNACIONAL PARA JULGÁ-LOS. NA FINLÂNDIA, BANQUEIRO NÃO TEM VEZ. (matéria útil, copiada e publicada também aqui)


Artigo: É hora de julgar os crimes econômicos contra a humanidade?

Da mesma forma que se criaram instituições e procedimentos para julgar os crimes políticos contra a humanidade, é hora de fazer o mesmo com os crimes econômicos. Este é um bom momento, dada sua existência difícil de refutar. É urgente que a noção de “crime econômico” se incorpore ao discurso cidadão e se entenda sua importância para construir a democracia econômica e política. No mínimo, isso nos fará ver a necessidade de regular os mercados para que, como diz Polanyi, eles estejam a serviço da sociedade e não o contrário. O artigo é de Lourdes Benería e Carmen Sarasúa.

Segundo a Corte Penal Internacional, crime contra a humanidade é “qualquer ato desumano que cause graves sofrimentos ou atente contra a saúde mental ou física de quem o sofre, cometido como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra uma população civil”. Desde a Segunda Guerra Mundial estamos familiarizados com este conceito e com a ideia de que, não importa qual tenha sido sua magnitude, é possível e necessário investigar estes crimes e punir os culpados.

Situações como a gerada pela crise econômica tem feito com que se comece a falar de crimes econômicos contra a humanidade. O conceito não é novo. Já nos anos 1950, o economista neoclássico e prêmio Nobel, Gary Becker, introduziu sua “teoria do crime” em nível microeconômico. A probabilidade de que indivíduo cometa um crime depende, para Becker, do risco que assume, do possível botim e do possível castigo. Em nível macroeconômico, o conceito foi usado nos debates sobre as políticas de ajuste estrutural promovidas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial durante os anos oitenta e noventa, que acarretaram gravíssimos custos sociais à população da África, América Latina, Ásia (durante a crise asiática de 1997-1998) e Europa do leste. Muitos analistas apontaram esses organismos como responsáveis especialmente o FMI, que perdeu muito prestígio após a crise asiática.

Hoje são os países ocidentais que sofrem os custos sociais da crise financeira e de emprego, e dos planos de austeridade que supostamente lutam contra ela. A perda de direitos fundamentais, como o trabalho e a habitação e o sofrimento de milhões de famílias que veem em perigo sua sobrevivência são exemplos dos custos aterradores desta crise. Os lares que vivem na pobreza estão crescendo sem parar. Mas quem são os responsáveis? Os mercados, lemos e ouvimos todos os dias.

Em um artigo publicado na Businessweek, no dia 20 de março de 2009, intitulado “Wall Street’s economic crimes against humanity”, Shoshana Zuboff, antiga professora da Harvard Business School, sustentava que o fato de os responsáveis pela crise negarem as consequências de suas ações demonstrava “a banalidade do mal” e o “narcisismo institucionalizado” em nossas sociedades. É uma mostra da falta de responsabilidade e da “distância emocional” com que acumularam somas milionárias e que agora negam qualquer relação com o dano provocado. Culpar só o sistema não era aceitável, argumentava Zuboff, assim como não seria culpar, pelos crimes nazistas, só as ideias e não aqueles que os cometeram.

Culpar os mercados é efetivamente ficar na superfície do problema, Há responsáveis e são pessoa e instituições concretas: são aqueles que defenderam a liberalização sem controle dos mercados financeiros; os executivos e empresas que se beneficiaram dos excessos do mercado durante o boom financeiro; aqueles que permitiram suas práticas que permitem agora com que saiam imunes e fortalecidos, com mais dinheiro público, em troca de nada. Empresas como Lehman Brothers ou Goldman Sachs, bancos que permitiram a proliferação de créditos podres, empresas de auditoria que supostamente garantiam as contas das empresas, e pessoas como Alan Greenspan, chefe do Federal Reserve norteamericano durante os governos de Bush e Clinton, opositor ferrenho da regulação dos mercados financeiros.

A Comissão do Congresso norteamericano encarregada de investigar as origens da crise foi esclarecedora neste sentido. Criada pelo presidente Obama, em 2009, para investigar as ações ilegais ou criminais da indústria financeira, entrevistou mais de 700 especialistas. Seu informe, tornado público em janeiro passado, conclui que a crise financeira poderia ter sido evitada. Assinala falhas nos sistemas de regulação e supervisão financeira do governo e das empresas, nas práticas contábeis e de auditorias, e na transparência nos negócios. A Comissão investigou o papel direto de alguns gigantes de Wall Street no desastre financeiro, por exemplo, no mercado de subprimes, e das agências encarregadas do ranking de bônus. É importante entender os distintos graus de responsabilidade de cada ator deste drama, mas não é admissível a sensação de impunidade sem responsáveis.

Quanto às vítimas dos crimes econômicos, na Espanha um desemprego de 20% há mais de dois anos significa um enorme custo econômico e humano. Milhares de famílias sofrem as consequências de terem acreditado que pagariam hipotecas com salários mileuristas (1): 90 mil execuções hipotecárias em 2009 e 180 mil em 2010. Nos EUA, a taxa de desemprego é metade da espanhola, mas envolve cerca de 26 milhões de pessoas sem trabalho, o que implica um tremendo aumento da pobreza em um dos países mais ricos do mundo.

Segundo a Comissão sobre a Crise Financeira, mais de quatro milhões de famílias perderam suas casas, e quatro milhões e meio estão em processo de despejo. Cerca de 11 bilhões de dólares de “riqueza familiar” desapareceram com a desvalorização se patrimônios, incluindo casas, pensões e poupanças. Outra consequência da crise é seu efeito sobre os preços dos alimentos e outras matérias primas básicas, setores para os quais os especuladores estão desviando seus capitais. O resultado é a inflação de seus preços e o aumento ainda maior da pobreza.

Em alguns casos notórios de fraudes como o de Maddof, o autor está na prisão e o processo judicial contra ele continua porque suas vítimas têm poder econômico. Mas em geral aqueles que provocaram a crise não só obtiveram lucros fabulosos, como também não temem castigo algum. Ninguém investiga suas responsabilidades nem suas decisões. Os governos os protegem e o aparato judicial não os persegue.

Se tivéssemos noções claras de que se trata de um crime econômico e se existissem mecanismos para investigá-los e persegui-los muitos dos problemas atuais poderiam ter sido evitados. Não é uma utopia. A Islândia oferece um exemplo muito interessante. Em vez de resgatar os banqueiros que arruinaram o país em 2008, a promotoria abriu uma investigação penal contra os responsáveis. Em 2009, o governo inteiro teve que renunciar e o pagamento da dívida foi suspenso. A Islândia não socializou as perdas como estão fazendo muitos países, incluindo a Espanha, mas decidiu aceitar que os responsáveis fossem castigados e que seus bancos quebrassem.

Da mesma forma que se criaram instituições e procedimentos para julgar os crimes políticos contra a humanidade, é hora de fazer o mesmo com os crimes econômicos. Este é um bom momento, dada sua existência difícil de refutar. É urgente que a noção de “crime econômico” se incorpore ao discurso cidadão e se entenda sua importância para construir a democracia econômica e política. No mínimo, isso nos fará ver a necessidade de regular os mercados para que, como diz Polanyi, eles estejam a serviço da sociedade e não o contrário.

NOTA
(1) O neologismo “mileurista” (surgido a partir de “mil euros”) se aplica para definir a uma pessoa pertencente à geração nascida entre 1965 e 1985, na Espanha, que possuem uma renda que não supera a casa de 1.000 euros/mês.

(*) Lourdes Benería é professor de Economia na Universidade de Cornell. Carmen Sarasúa é professora de História Econômica na Universidade Autônoma de Barcelona. Artigo publicado originalmente no jornal El País, no dia 29 de março de 2011.


Lourdes Benería e Carmen Sarasúa – El País
Tradução: Katarina Peixoto
Fonte: www.cartamaior.com.br - 04/04/2011