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segunda-feira, 20 de maio de 2013

RUMO AO QUARTO MUNDO COM MAIS CRIME DE LESA-PÁTRIA E DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO.

Fonte: www.horadopovo.com.br (sin permiso)



Mais de 60% dos blocos escaparam do abate
ANP canta vitória para reduzir fiasco da gigaentrega de petróleo às múltis
Leilão de dois dias nem foi até o 2º. Alegria dos vende-pátria.
Leilão ficou bem abaixo do que pretendia o entreguismo da ANP
Dos 289 blocos só 142 foram arrematados. Entidades fizeram manifestação na porta do hotel contra a entrega
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) bem que tentou, mas não conseguiu se entusiasmar com o resultado da 11ª rodada de licitações de petróleo, ocorrida na terça-feira (14). Dos 289 blocos colocados em leilão, apenas 142 foram arrematados. Foi um fiasco. A programação eram dois dias de leilão, mas tiveram que encerrar o processo no primeiro dia por falta de quorum. Mais da metade dos blocos nem foi a leilão.
Este resultado só confirma aquilo que todos já sabem. Quem faz pesquisa séria, quem possui capacidade técnica e investe de verdade no país é a Petrobrás. Já as empresas do cartel estrangeiro, principalmente as múltis, são mestres mesmo é em provocar megavazamentos, desastres e poluição ambiental. Elas não fazem investimentos, só sabem parasitar o trabalho já feito pela Petrobrás. As outras várias empresinhas - que não passam de testas-de-ferro - entram no processo, ou para especular ou só para esquentar lugar e depois passar o bloco para o cartel. Achar, como alguns incautos, que há concorrência na área do petróleo é ingenuidade ou má-fé.
A diretora do ANP, Magda Chambriard, entusiasta do entreguismo desvairado, havia dito numa reunião recente com grupos estrangeiros que o leilão seria uma grande oportunidade de "bons negócios". Chegou a apregoar que as áreas que seriam leiloadas continham 30 bilhões de barris. Tirando os blocos onde a Petrobrás participou com mais de 50% no consórcio, somente cerca de 40% dos blocos foram arrematados pelos tais "investidores" privados. Ou seja, 60% dos blocos escaparam de cair nas mãos das múlits.
Com esse resultado pífio da "megaentrega" anunciada pela ANP, Magda Chambriard tentou melhorar a situação dizendo que 2/3 da área leiloada tinha sido adquirida no leilão. Uma comemoração ridícula para esconder o desânimo, pois o que interessa é o número de blocos e não a "área leiloada". Aí disseram que o bônus de R$ 2,8 bi arrecadado foi uma maravilha. Só que esse valor está muito distante dos montantes que estão previstos nos investimentos da Petrobrás que passam de 200 bilhões. Por último, a ANP acabou tendo que anunciar que "os blocos que não foram arrematados na 11ª rodada de áreas de exploração de petróleo e gás no Brasil poderão ser relicitados no futuro".
Durante o leilão, que ocorreu no Hotel Royal, em São Conrado, no Rio de janeiro, a CGTB, CUT, CTB, FUP, Aepet, MST, CMB, UBES, sindicatos de petroleiros de vários estados e partidos políticos realizavam um protesto na porta do hotel contra o crime perpetrado pela ANP. O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), disse que "entregar nossas reservas de petróleo para os monopólios transnacionais é entregar a vida de uma Nação". O coordenador da FUP ( Federação Única dos Petroleiros), João Antonio de Moraes, citou as manifestações contra a 11ª Rodada, realizadas desde a última semana, em diversos estados do Brasil. "Ontem (13) no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, ocupamos o lugar onde fica a gestão dessa política de exportação do nosso petróleo, para que eles fiquem cientes de que se o Brasil colocar este recurso à disposição do império norte-americano ou de qualquer outro continente não haverá petróleo para as nossas gerações futuras". "Não temos dúvidas que, para reverter esta situação, é preciso força e mobilização, vide a campanha "O Petróleo é Nosso", na época da criação da Petrobrás", enfatizou.
Várias personalidades e entidades como a FUP e Sindipetros etaduais entraram com ações na Justiça denunciando o crime da entrega do petróleo cometido pela ANP. A ação judicial assinada pelo presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), Silvio Sinedino Pinheiro, pelo vice da entidade, Fernando Siqueira, e pelo deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) alerta que algumas áreas leiloadas pela ANP podem pertencer ao pré-sal e, portanto, não podem ser exploradas pelo regime de concessão.
Há alguns dias, dezenas de entidades sindicais e populares também enviaram carta à presidenta Dilma Roussef pedindo que ela suspendesse os leilões. "O povo brasileiro votou em Lula duas vezes e em Dilma no ano de 2010, ciente de que aquilo que foi feito nos governos anteriores não era bom para o Brasil. A esperança vencia o medo e exigia que as privatizações tivessem um basta", diz um trecho da carta. "A extraordinária descoberta de petróleo na área chamada pré-sal, as enormes reservas de água, nosso território e nossas riquezas naturais exuberantes e, fundamentalmente, a capacidade de trabalho dos trabalhadores brasileiros acenam para a construção de um país com enormes potencialidades, com possibilidades de usar e bem distribuir estas riquezas. E é isto que vemos ameaçado nesse momento. Se as riquezas são tantas e boas para o país, por que entregar para as grandes empresas transnacionais as riquezas do povo brasileiro?", indaga o documento.
O presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, reafirmou que a central apoia e sempre apoiará a luta dos petroleiros e da sociedade brasileira em defesa do petróleo brasileiro. "Nós da CUT,  junto às entidades de classe, mandamos um recado para o governo: chega de leilão, nós exigimos a soberania do petróleo. Não permitiremos que a nossa riqueza seja entregue às multinacionais e ao Eike Batista". "A posição da nossa central é contra os leilões do petróleo e contra a desnacionalização do patrimônio do povo brasileiro. Nossa luta sempre foi contra a privatização do patrimônio público. Essa é uma luta de toda a classe trabalhadora, que precisa estar mobilizada contra a desnacionalização e privatização", frisou o secretário geral da CTB-RJ, Ronaldo Leite.
"Esse ano completa 60 anos da conquista do monopólio estatal do petróleo e da criação da Petrobrás. Eu quero lembrar aqui uma grande companheira, líder das mulheres, que muito contribuiu na luta em defesa do nosso petróleo. A companheira Alice Tibiriçá, que foi presidente da Federação das Mulheres do Brasil", disse a presidente da Federação das Mulheres Fluminenses e diretora da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Conceição Cassano.
O presidente estadual do Partido Pátria Livre (PPL), Irapuan Ramos, saudou "essa unidade conseguida nesse ato para mostrar nossa indignação diante do que está acontecendo aqui em São Conrado. Não foi à toa que eles escolheram esse lugar bem escondidinho, de difícil acesso, porque se fosse no centro do Rio nós teríamos fechado a Avenida Rio Branco. E por que eles precisam se esconder? Porque o que se comete dentro desse hotel é um crime contra o nosso país e contra o nosso povo", denunciou.
Em Sergipe, terceiro maior produtor de petróleo do Nordeste, os trabalhadores também protestaram contra o leilão da ANP. A CGTB-SE convocou o ato de repúdio à entrega do petróleo. José Arnaldo, coordenador da CGTB declarou que "os trabalhadores de Sergipe estão firmes na defesa da soberania nacional, pois o petróleo brasileiro pertence ao povo e não há nenhuma necessidade de entregá-lo às multinacionais". O presidente estadual do Partido Pátria Livre, Manoel Messias, falou da necessidade de fortalecer a Petrobrás "pois esse leilão pode colocar em risco 30 bilhões de barris de petróleo que seriam entregues às multinacionais". Participaram ainda do ato, Airton Costa, do PPL, Giovana Rocha, representando a Associação dos Moradores do Rosa do Sol e demais lideranças populares.
SÉRGIO CRUZ
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Governo oferece 1 bi em emendas pela aprovação da MP dos Portos



Requião: “porto privado é exceção em qualquer país” 
Nesta terça-feira, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) se manifestou contra a MP dos Portos e demonstrou indignação com as pressões do governo para que seja aprovada sem que haja consenso. “Fiquei muito assustado hoje quando vi nas notícias que o governo vai liberar R$ 1 bilhão em emendas”, afirmou, referindo-se às informações de que o governo “prometeu” R$ 1 bilhão em emendas para deputados e senadores em troca da aprovação da Medida Provisória. Questionando os elogios ao projeto, indagou: “É verdade isso tudo? É tão boa essa Medida Provisória que privatiza portos no Brasil? Se ela é tão boa assim, por que não existe no mundo inteiro?”, questionou, apontando que “o país do capitalismo e da concorrência, os EUA, trabalha exclusivamente com portos públicos, com autoridades municipais, estaduais e federais”.
Apontando os prejuízos que a MP causaria ao sistema portuário brasileiro, Requião prosseguiu: “Imagina que Vossa Excelência fosse prefeito de uma cidade, de Curitiba, capital do meu estado, do Paraná, que funciona com cinco empresas de transporte coletivo, com concessão de operação. Mas de repente surge a brilhante ideia: vamos provocar a concorrência. Vamos democratizar o transporte coletivo. E, ao invés de cinco empresas, Vossa Excelência abre uma licitação para 10 ou 20 empresa. Pois bem. Baixa o preço? Seguramente não. Porque o preço do transporte coletivo depende da escala do serviço. Mais empresas, mais oficinas, mais estruturas administrativas e um custo evidentemente mais alto”.
“Com os portos vai ser a mesma coisa. É uma ilusão pensar que uma multiplicação de portos vai baratear o custo. Vai simplesmente diminuir a escala e encarecer o processo”.
“Por outro lado, quem estabelece preço de porto não é o operador portuário. É o armador, que escolhe o porto onde vai descarregar as suas cargas, conforme as suas conveniências”, afirma.
Para Requião, “essa medida é extraordinariamente prejudicial à organização portuário do Brasil. Os portos públicos com operação privada são excepcionais. É como o mundo funciona. A iniciativa privada organiza o porto, mas não é dona dele. Se o operador não funciona troca-se o operador. Agora, um porto privatizado, ainda com dinheiro do BNDES, jamais terá reversão no seu mau funcionamento”.
“O caminho está errado. A estrutura legal do Brasil é perfeita. O resto é briga de interesses dos que querem privatizar os portos e dos que querem mantê-los. E quem perde com isso tudo é o país. E, com as liberalizações que se pretendem, quebrarão todos os portos públicos e o país ficará sem acesso comandado pela União da porta de entrada e de saída”, concluiu o Senador.
A quem serve a MP dos Portos?
JOSÉ AUGUSTO VALENTE E SAMUEL GOMES* 
Na primeira metade deste século, o PIB brasileiro cresceu em níveis próximos aos níveis mundiais. A corrente de comércio exterior brasileiro passou de US$ 100 bilhões para US$ 480 bilhões, a movimentação de contêineres elevou-se de 2 milhões para 5,3 milhões e o Brasil teve crescimento no comércio exterior maior que a China e muito maior que os Estados Unidos e Alemanha, no período 2009-2011. Como 95% do comércio exterior brasileiro se dá através dos portos, é razoável imaginar que o marco regulatório do setor tenha contribuído para esta performance. Apesar disso, surpreendentemente o país é sacudido por uma “urgência”: a imediata e radical substituição do “caótico” modelo portuário brasileiro, acusado de ser a causa de “gargalos” e responsável pelo “custo Brasil”. Esta “evidência” ocupa as manchetes dos principais jornais, as capas das grandes revistas e ganha espaços crescentes nos telejornais e rádio-jornais.
Coincidindo com o repentino alarido da mídia, o governo atua junto ao Tribunal de Contas da União para impedir o julgamento de processo TC-015.916/2009-0. A base do julgamento seria o robusto relatório da SEFID – Secretaria de Fiscalização de Desestatização e de Regulação que, consolidando anos de extensa e profunda investigação, relatório concluía pela inconstitucionalidade e ilegalidade da prestação de serviço público sem licitação pelos terminais de Cotegipe (BA), Portonave (Navegantes/SC, processo administrativo iniciado em 1999), Itapoá/SC (processo iniciado em 2004) e Embraport (Santos/SP, processo iniciado em 2000) e declarava a leniência fiscalizatória e regulatória da ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários e da SEP - Secretaria de Portos da Presidência da República. As informações da imprensa são de que o governo teria comunicado ao TCU que estaria resolvendo o problema com a edição de uma medida provisória. O TCU suspende o julgamento e o governo edita a Medida Provisória 595/2012, revogando a Lei dos Portos e legalizando atividades ilegais dos referidos terminais privados de uso misto que prestavam irregularmente serviço público sem licitação.
Editada a medida provisória, a pressão dirige-se ao Congresso Nacional. A grande mídia passa a divulgar “informações de fontes do Planalto” de que a Presidente não admitiria qualquer alteração na MP. A ministra da Casa Civil Gleisi Hoffman vai à Comissão Mista da MP e repete a cantilena apocalíptica de que o sistema portuário é caótico, está ultrapassado e precisa ser substituído por um outro, mais “moderno” e que estimule os “investimentos privados”.
O modelo vigente até a edição da MP contava com apenas 20 anos de implantação (Lei 8.630/93). É o modelo Land Lord Port, praticado em todas as economias organizadas em todos os continentes, culturas, países novos e antigos e com diferentes regimes políticos. É um modelo universal que resulta da experiência de cinco mil anos de comércio marítimo, do qual o portuário é parte. É como funcionam os principais portos do mundo, como o Porto de Rotterdam, anterior à criação da Holanda, o de Gênova, anterior à Itália, o de Hamburgo, anterior à Alemanha.
No modelo Land Lord, ao Estado cabe o planejamento estratégico, zoneamento, localização e finalidade, metas, segurança, regulação. À iniciativa privada a operação dos terminais. O seu adequado funcionamento pressupõe que o Estado cumpra sua parte. Mas, segundo o TCU, a SEP e ANTAQ atuaram no sentido de sabotar o funcionamento do modelo, ao tempo em que se mostravam candidamente complacentes com a prestação ilegal de serviço público pelos terminais privados de uso misto.
A MP elimina a distinção entre terminais privados de uso público nos portos organizados (arrendatários públicos ou privados selecionados mediante licitação) e terminais de uso privativo misto construídos por empresas públicas ou privadas dentro ou fora do porto organizado, simples autorizatários da ANTAQ. No marco regulatório revogado, os terminais portuários de uso privativo deviam ter por justificativa de implantação e operação o transporte da carga própria da empresa autorizatária, admitindo-se, no caso das áreas de uso misto, a movimentação de cargas de terceiros, em caráter eventual e subsidiário, tão somente para evitar a ociosidade na operação do terminal. Tais terminais exerciam atividade econômica: instalações de auto-serviço que serviam ao seu titular em processos de verticalização logística integrante de processos de integração produtiva. Por isso, poderiam funcionar mediante simples autorização do poder da ANTAQ.
Assim, a principal consequência da MP 595 – e a mais nociva – é a possibilidade de prestação de serviço público de exploração de portos por empresas privadas sem licitação, com contratos eternos. Logo, sem a obrigação de ofertarem serviço adequado, universal, contínuo e com modicidade tarifária, por prazo determinado e com previsão de reversão dos bens afetados em favor do porto organizado, em evidente assimetria concorrencial em relação aos terminais privados e públicos nos portos organizados, submetidos a todos estes condicionantes. É o que vinham ilegalmente fazendo os terminais privados beneficiados pela suspensão do julgamento do TCU e pela edição da MP. O terminal da Portonave, por exemplo, movimentava apenas 3% de carga própria e 97% de cargas de terceiros (serviço público) em frente ao Porto de Itajaí/SC e sob as barbas lenientes da ANTAQ e da SEP.
Ocorre que a Constituição veda a hipótese de prestação de serviço público de titularidade de União por particular sem a realização de licitação e submissão ao regime público. O artigo 21, XII, da Constituição estabelece que compete à União explorar diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os portos marítimos, fluviais e lacustres. E o art. 175 prevê que incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Neste sentido, a MP é inconstitucional.
Do ponto de vista da eficiência do sistema portuário e da redução dos custos da movimentação portuária, a MP produzirá efeitos contrários aos preconizados pelos seus defensores. Não existirá a decantada redução de custos pela “competitividade”, em razão de uma imaginária competição entre terminais. A experiência internacional mostra que o que assegura redução de custos portuários é a escala. Por isso, os principais portos do mundo possuem não mais que três terminais. O verdadeiro escopo da MP é o comércio de contêineres. Quem define o tamanho do navio e o terminal a ser utilizado na carga e descarga de contêineres são os donos dos navios, conforme a demanda e o calado dos portos numa rota comercial. A demanda é resultado do nível da atividade econômica. Calado depende de dragagem. Nada a ver com uma imaginária competição entre terminais.
Os armadores são os grandes beneficiários desta MP, já que são eles e não os usuários que escolhem os terminais onde irão atracar. As dez maiores empresas de navegação do mundo são responsáveis por 70% do comércio marítimo. Na realidade, são os armadores que recebem a remuneração dos exportadores e importadores e pagam aos operadores pela movimentação portuária. Normalmente, repassam 50% a 60% do valor recebido pela movimentação. O restante incorporam à remuneração global da operação (frete). Ao vincularem-se a portos privados não submetidos ao regime de prestação de serviço público e diante do enfraquecimento dos portos públicos, os armadores poderão camuflar preços das operações portuárias, simulando reduções de custos e aumentando a gritaria contra o “custo Brasil” e a “ineficiência dos portos públicos”. Em seguida, destruídos os portos públicos e dominado o mercado, imporão suas condições para o transporte marítimo, controlando a logística portuária e reduzindo a competitividade dos produtos industriais brasileiros no comércio internacional. Simples assim.
Outros aspectos poderiam ser objeto de análise, como o regime de trabalho dos portuários e a centralização das decisões de investimentos dos portos organizados no nível federal, mas a exiguidade do espaço e a gravidade dos efeitos da privatização e da desnacionalização dos portos para a economia e a soberania nos levam a privilegiar os aspectos destacados. Este artigo é escrito antes da votação da MP 595 pela Câmara e pelo Senado. Nossa esperança é a de que, pelo bem do Brasil, ela seja rejeitada ou, quando menos, modificada substancialmente de modo a mitigar o estrago que sua edição já provoca.
*José Augusto Valente, consultor em Logística e Transporte, Diretor Executivo do Portal T1 de Logística e Transporte. Samuel Gomes, advogado, membro da REI – Rede de Especialistas Iberoamericanos em Infraestrutura e Transporte, ex-presidente da Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A – Ferroeste. Artigo publicado originalmente no Portal Agência T1. 

domingo, 12 de maio de 2013

EIS MAIS UM ALTO PREÇO QUE PODERÁ SER PAGO PELO CIDADÃO OU PRODUTO MANIPULADO DE CONSUMO BRASILEIRO CASO VENHAM APROVAR EM PLEBISCITO TAL BANDEIRA DE MAIS ATRASO NO BRASIL, UM PAÍS A CAMINHO DO QUARTO MUNDO.



MAIS UMA VEZ TENTAM JOGAR A CULPA DA VIOLÊNCIA BRASILEIRA SOB A RESPONSABILIDADE DOS CIDADÃOS BRASILEIROS COMO SE NÓS FOSSEMOS OS CULPADOS POR TAMANHO GENOCÍDIO ANUALMENTE PROMOVIDO PELA NECESSIDADE INDIVIDUAL DOS MASSACRADOS POR NOSSA DITADURA CAPITALISTA. APÓS APROVAREM O INEFICIENTE ESTATUTO DO DESARMAMENTO QUE NÃO REDUZIU A CRIMINALIDADE EM NADA, PELO CONTRÁRIO AUMENTOU, VEM NOVAMENTE OS NOVOS E VELHOS INSANOS, INEFICIENTES E INCOMPETENTES DA POLÍTICA BRASILEIRA DISFARÇADOS DE SEMIDEUSES NA POSIÇÃO DE POLÍTICOS OBRIGAREM OS BRASILEIROS IREM AS URNAS PARA DETERMINAR ATRAVÉS DE PLEBISCITO SE SIM OU SE NÃO DEVE SER APROVADO A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL PARA 16 ANOS. COM CERTEZA DARÁ “SIM” DEVIDO O ALTO ÍNDICE DE ANALFABETISMO POLÍTICO DA MAIORIA DOS BRASILEIROS. SÃO REALMENTE UNS MAFIOSOS INESCRUPULOSOS TAIS MELIANTES QUE INVENTAM MAIS UM ESCRACHO NACIONAL.


NAS ÚLTIMAS DÉCADAS VEM SENDO CONSTRUÍDO MAIS PRESÍDIOS NO BRASIL DO QUE ESCOLAS E ULTIMAMENTE MAIS ESTÁDIOS DO QUE AMBOS, NESTE ÚLTIMO CASO COM UM ÚNICO OBJETIVO: DAR UMA FESTA DENOMINADA COPA PARA O MUNDO. A VIOLÊNCIA NÃO ESTÁ LIGADA A IDADE DO DELINQUENTE E SIM AS CRIMINOSAS POLÍTICAS ECONÔMICAS BRASILEIRA QUE TRATA NÓS O POVO (REAL GOVERNO DO BRASIL) COMO UM PRODUTO DESCARTÁVEL ONDE O ESTADO BRASILEIRO NÃO TEM NENHUMA RESPONSABILIDADE SOCIAL CONCRETA E JUSTA, ONDE DO JEITO QUE ESTÁ É UMA MARAVILHA E NÃO PRECISA MUDAR NADA NESTA DOENÇA CRÔNICA QUE É NOSSA DESGRAÇA SOCIAL TAMBÉM RACISTA E DISCRIMINATIVA, ISTO NÃO INTERESSA AOS PRIMEIROS ESCALÕES. O QUE INTERESSA, NA FILOSOFIA DO QUANTO PIOR MELHOR, É QUEM SERÃO OS BENEFICIADOS COM OS BILHÕES DE REAIS QUE IRÃO SER DESTINADOS OFICIALMENTE PARA SE CONSTRUIR MAIS PRESÍDIOS PARA ABRIGAR O EFEITO COLATERAL (CIDADÃOS BRASILEIROS EXCLUÍDOS) QUE IRÁ CONTINUAR POR CONSEQUÊNCIA DOS DITADORES E SUAS DITADURAS ECONÔMICAS PÓS-MODERNAS E GLOBALIZADAS QUE TEM COMO PRIORIDADE MÁXIMA BENEFICIAR OS CARTÉIS DOS ENVOLVIDOS NESTA TRAMA DIABÓLICA CONTRA TODOS OS MAIS DE CEM MILHÕES DE CIDADÃOS EXCLUÍDOS DA ECONOMIA BRASILEIRA. ESTA É A REALIDADE E QUE SE DANEM TODOS OS BRASILEIROS QUE SÃO EMBALADOS PELAS FRASES: “NESTE PAÍS NINGUÉM DAR MAIS JEITO E É ISTO QUE AÍ ESTÁ E PONTO FINAL” OU  QUE “AQUI NO BRASIL É CADA UM POR SI”. NESTE CAPITALISMO SELVAGEM E CONCRETO PRATICADO INCISIVAMENTE CONTRA QUASE TODA UMA NAÇÃO, OS 19 MILHÕES DE RICOS FRIOS DESTE PAÍS NÃO ESTÃO DANDO A MÍNIMA E SE PROTEGEM COMO PODEM CHEGANDO A MORAR EM OUTRO PAÍS LEVANDO DAQUI APENAS OS LUCROS FÁCEIS.


O QUE TEM QUE SER VOTADO EM PLEBISCITO NO NOSSO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO “BRAZIL” É SE NÓS O POVO CONCORDAMOS OU NÃO COM A CONSTRUÇÃO DE MAIS PRESÍDIOS QUE ESCOLAS? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM A CRIAÇÃO DA PUNIÇÃO SEVERA COM TRABALHOS FORÇADOS PARA POLÍTICOS CORRUPTOS E INEFICIENTES? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM A DESINDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM A PENA DE MORTE PARA CRIMES HEDIONDOS E DE TRÁFICO DE DROGAS? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM A DESNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM OS ASTRONÔMICOS SALÁRIOS DOS POLÍTICOS E JURISTAS DO BRASIL? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM O PLANO DE CORRUPÇÃO ELEITORAL DENOMINADO BOLSA ESMOLA? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM O SALÁRIO MÍNIMO QUE AÍ ESTÁ? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM A QUANTIDADE EXORBITANTE DAS FRANQUIAS PARTIDÁRIAS QUE EXISTEM ATUALMENTE NO BRASIL? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM A DESTRUIÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA PROMOVIDA PELOS CANAIS DE TELEVISÃO E TAMBÉM PELAS PRODUTORAS DO MERCADO FONOGRÁFICO BRASILEIRO ATUAL? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM A PRISÃO, POR CRIME DE LESA PÁTRIA, DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (VULGO FHC) QUE VENDEU A VALE DO RIO DOCE SEM PLEBISCITO? SE CONCORDAMOS OU NÃO COM O TOTAL ABANDONO DE MILHÕES DE BRASILEIROS POR PARTE DO ESTADO E QUE SE AGLOMERAM EM FAVELAS, PALAFITAS E SUBÚRBIOS DECADENTES, DEGRADANTES E DEPRIMENTES E SÃO VÍTIMAS FÁCEIS E DIRETAS DO NARCOTRÁFICO INTERNACIONAL E ORGANIZADO NO BRASIL?...


DITADORES, TRAIDORES E COVARDES SÃO TODOS OS CANALHAS QUE FAZEM PARTE DA DESTRUIÇÃO DO TERRITÓRIO E POVO BRASILEIRO TENTANDO DESESPERADAMENTE E SEM SABEREM MAIS O QUE FAZEREM SEQUER COM UMA ÚNICA PAUTA QUE É NOSSA SITUAÇÃO DA VIOLÊNCIA NACIONAL FORA DE CONTROLE E JÁ ASSESSORADA PELO NARCOTRÁFICO QUE DOMINOU O BRASIL E QUE GERA LUCROS PARA MILHÕES DE MAFIOSOS ENVOLVIDOS QUE USAM OS DESGRAÇADOS EXCLUÍDOS COMO ELO DE DISTRIBUIÇÃO NESTE ESQUEMA QUE TEM PENA DE MORTE E DEIXA O ESTADO BRASILEIRO E NÓS SEUS HABITANTES DE JOELHOS PERANTE TANTO PODER VIOLENTO E CRIMINOSO. JOGAR A RESPONSABILIDADE DAS IRRESPONSABILIDADES POLÍTICAS E JURÍDICAS QUE OCORREM HÁ DÉCADAS NO COLO DE CADA BRASILEIRO ENGANADO, LESADO E TRAPACEADO POR ESTES ABUTRES, É REALMENTE TRATAR CADA BRASILEIRO COMO IMBECIL.



segunda-feira, 6 de maio de 2013

O RESTANTE DOS QUE COMPÕEM O RESTO DO EXÉRCITO BRASILEIRO, APÓS O TOTAL SUCATEAMENTO POR PARTE DOS GOVERNOS DITADORES, CORRUPTOS, INEFICIENTES E SANGUINÁRIOS PÓS DITADURA MILITAR EM 1984, CONTA ATUALMENTE COM UM APARATO EM MUNIÇÃO PARA DEFENDER O TERRITÓRIO BRASILEIRO E SEUS HABITANTES, EM CASO DE UMA INVASÃO QUE OCORRERÁ CEDO OU TARDE, PARA APENAS 1 HORA DE COMBATE, OU SEJA, O BRASIL NÃO TEM MAIS EXÉRCITO E É SUBMISSO (COLOCANDO A CABEÇA DE CADA BRASILEIRO A PRÊMIO NO MUNDO MUÇULMANO), AO MAIOR PAÍS TERRORISTA DA ATUALIDADE, OS ESTADOS UNIDOS. SOMOS REFEM DA ESCÓRIA AMERICANA POR TOTAL INCOMPETÊNCIA DOS QUE ESTIVERAM E DOS QUE ESTARÃO A FRENTE DO GOVERNO FEDERAL E QUE CONTINUARÃO VENDENDO E DILAPIDANDO O BRASIL ATÉ QUE NÃO EXISTA MAIS NADA EM MATÉRIA PRIMA E SEJAMOS UMA NOVA ÁFRICA OU UM NOVO MÉXICO. UM EXEMPLO DISTO É A TOTAL PERCA DE CONTROLE POR PARTE DO ESTADO BRASILERO QUANTO AO CRESCENTE E DOMINANTE TRÁFICO E CONSUMO DE TODAS AS DROGAS JÁ LIBERADAS EXTRAOFICIALMENTENO NO BRASIL EM SUA TOTALIDADE (EXISTE DROGAS EM QUALQUER CIDADE OU REGIÃO DA FEDERAÇÃO) E CONSEQUENTE VIOLÊNCIA QUE TAMBÉM É ALIMENTADA PELA MISÉRIA FINANCEIRA DE MILHÕES DE BRASILEIROS MASSACRADOS ATRAVÉS DA DITADURA CAPITALISTA PRATICADA. ADMITINDO OU NÃO NOSSOS CORRUPTOS, INEFICIENTES, INCOMPETENTES, COMPLACENTES E SANGUINÁRIOS ALGOZES DITADORES QUE CONTRUIRAM O BRASIL QUE AÍ ESTÁ. NO BRASIL ATUAL QUEM MANDA É O NARCOTRÁFICO (QUE TEM PENA DE MORTE), A MISÉRIA CRESCENTE E A VIOLÊNCIA FORA DE CONTROLE ONDE O ESTADO E TODOS OS CIDADÃOS SEM EXCEÇÃO ESTÃO A MERCÊ DESTE GRAVÍSSIMO PERIGO ENQUANTO OS PSEUDO GOVERNANTES ACABAM COM O RESTANTE DO QUE É NOSSO DIARIAMENTE EM VÁRIOS ASPECTOS ECONÔMICOS, NÃO DANDO A MÍNIMA PARA A CATÁSTROFE QUE É O PAÍS ATUALMENTE E SE PROTEGENDO COMO PODEM DENTRO DE SUAS FORTALEZAS RESIDENCIAIS MONITORADAS E VIGIADAS 24 HORAS E QUANDO CIRCULANDO ENTOCADOS DENTRO DE SEUS CARRÕES BLINDADOS OBSERVANDO FRIAMENTE A CRIAÇÃO DO NOSSO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO BRASIL. PORTANTO CABE A CADA BRASILEIRO DESINFORMADO ADMITIR EM VIRTUDE QUE SUA IGNORÂNCIA QUANTO AO QUESITO POLÍTICA E AO QUESITO ECONOMIA (QUEM IGNORA A LÓGICA É IGNORANTE) TEM QUE ACABAR E QUE A INFORMAÇÃO INDEPENDENTE É VITAL, E QUE NESTE PAÍS DAS ELEIÇÕES ELEITOREIRAS E FARSANTES SEU POSICIONAMENTO TEM QUE SER DIRETO NÃO VOTANDO EM NINGUÉM, NÃO SE DEIXANDO MANIPULAR POR ESTA CORJA DE MALFEITORES QUE VÊEM NA POLÍTICA APENAS A GRANDE CHANCE AMPARADA PELA IMPUNIDADE DE APENAS SE DAR BEM O QUANTO PUDER E DER ATRAVÉS DA ROUBALHEIRA DOENTIA E DESTRUTIVA EM DETRIMENTO A TODOS NÓS E NOSSO PAÍS. AS MATÉRIAS ABAIXO FORAM COPIADAS E COLADAS NESTE BLOG COM O INTUITO DE AMPLIAR A INFORMAÇÃO INDEPENDENTE QUE MOSTRA A DESTRUIÇÃO DE UM PAÍS QUE JÁ NÃO PERTENCE, QUASE QUE EM SUA TOTALIDADE, AOS BRASILEIROS. DENUNCIANDO TODOS QUE PARTICIPAM DOS CRIMES DE LESA PÁTRIA AINDA EM ASCENÇÃO E COM TOTAL APOIO DO QUE AINDA RESTA DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO QUE CORROMPE-SE ATRAVÉS DE SEUS ATRONÔMICOS SALÁRIOS EM UM PAÍS DE MILHÕES DE MISERÁVEIS DROGADOS, FAMINTOS E VIOLENTOS. LEIAM COM ATENÇÃO E REFLITAM EM FAMÍLIA, NA RODADA DE AMIGOS... DEIXEM AFLORAR SUA IDEOLOGIA CÍVICA REVOLUCIONÁRIA PARA QUE POSSAMOS CONSCIENTEMENTE E UNIDOS E PARTICIPANDO DOS MOVIMENTOS POPULARES, MUDAR ESTE PAÍS OU ENTÃO SERÁ DO QUE AÍ ESTÁ A PIOR. UM EXEMPLO DISTO: EM 1981 (DITADURA MILITAR) OCORRERAM 11 MIL ASSASSINATOS AO ANO E HOJE SÃO MAIS DE 120 MIL ASSASSINATOS SOMENTE À BALA. O GOVERNO ATRAVÉS DE SEUS SERVIÇAIS E FIÉIS MARQUETEIROS COM SUAS AGÊNCIAS DE PROPAGANDAS (GOVERNO DE PROPAGANDAS), E COM TOTAL APOIO DA MÍDIA CONTINUAM ALEGANDO “APENAS” 40 MIL ASSASSINATOS E QUE ESTÁ DENTRO DAS ESTATÍSTICAS. SÃO REALMENTE UNS TRAIDORES DO POVO BRASILEIRO ESTES DÉSPOTAS GERENCIÁVEIS. ESTA ALGAZARRA SANGUINÁRIA TEM QUE ACABAR E COM A PRISÃO DE TODOS QUE ARQUITETARAM O QUE AÍ ESTÁ. DEPENDE APENAS DE NÓS O POVO BRASILEIRO ACORDAR E SAIR DESTA LETARGIA E APATIA OCASIONADA PELA LAVAGEM CEREBRAL PROMOVIDA POR PRATICAMENTE TODOS OS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO EXISTENTE NO BRASIL. NÓS SOMOS O REAL GOVERNO DESTE PAÍS. SOMOS NÓS QUE MANDAMOS. O BRASIL É NOSSO E DEPENDE DE NÓS. TEMOS QUE PARA DE NOS DESTRUIRMOS EM NOME DOS CANALHAS GOVERNANTES E SUAS FRANQUIAS PARTIDÁRIAS QUE GERENCIAM NOSSO PAÍS EM DETRIMENTO A TODOS NÓS.





Ministro promove “road show” para tornar mais atrativas as ferrovias e rodovias públicas
Mantega anuncia novas regras para facilitar as privatizações
Maior prazo de carência, sem fiança bancária e taxa de retorno às multis muito, muito maior
Depois do fracasso, na semana passada, do primeiro leilão da nova rodada de “privatizações através de concessões” (como disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho), o governo alterou as condições para as “concessões” das rodovias e ferrovias.
Na terça-feira, dia 5, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estrelando a primeira etapa do “road show” para apresentar propriedades públicas a serem privatizadas – um seminário patrocinado pelo banco BTG Pactual – anunciou aos “amigos banqueiros” (sic), entre outras coisas, que a taxa de retorno admitida pelo governo sobre as rodovias e ferrovias passava de 6% a 7% ao ano para até 14,6% ao ano, com a promessa de subi-la, no caso das ferrovias, para 16 ou 17% ao ano. Em suma, a taxa de retorno (= ganho percentual sobre um projeto) mais do que dobrou em apenas uma semana.
Para obter essa extraordinária taxa, o açambarcador da rodovia ou ferrovia não precisará tirar dinheiro do bolso para “investir”. O BNDES providenciará os recursos, em cima dos quais ele tirará a sua “taxa de retorno”. Será, portanto, um retorno sem investimento próprio.
Para isso, o governo dispensou os açambarcadores de apresentarem “fiança bancária ou corporativa” para tomar empréstimos no BNDES. Ao contrário, por exemplo, da PDVSA no caso da Refinaria Abreu e Lima, os açambarcadores de rodovias, ferrovias, portos, etc., não precisam mais apresentar garantias nem aval bancário para obter um empréstimo no BNDES, pois a modalidade de financiamento agora concedida, denominada “project finance”, tem como única garantia o “fluxo de caixa de um projeto, os ativos e recebíveis desse mesmo projeto”. Ou seja, a garantia é nenhuma, pois é constituída pelo próprio dinheiro que é emprestado. (A definição citada é do BNDES. Existem outras, mais claras ainda – e mais escandalosas, quando se trata de privatização.)
Esses empréstimos terão um prazo de carência - para começarem a ser pagos - de 5 anos (no projeto original eram 3 anos), a juros subsidiados, com o tempo da “concessão” alargado: de 25 para 30 anos.
Fizemos correções nos estudos, que darão mais atratividade aos projetos”, declarou o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, um ex-executivo da ALL, empresa que infelicitou a malha ferroviária do país desde sua privatização anterior, por Fernando Henrique.
Os leilões de trechos das rodovias federais BR-040 e BR-116 foram cancelados no último dia 28. Apenas oito dias depois, o governo cedeu aos candidatos a açambarcadores da propriedade pública, e o sr. Figueiredo revelou que “fizemos correções nos estudos”.
Os mesmos “estudos” que, segundo a empresa que Figueiredo preside, duraram cinco meses - de 22 de agosto de 2012 a 22 de janeiro de 2013 –, com a contratação (através do “Movimento Brasil Competitivo” do sr. Gerdau) da multinacional Accenture, exatamente para fazer esses “estudos”.
Porém, depois de cinco meses desses profundos “estudos”, eles foram alterados em oito dias para, segundo o sr. Figueiredo, dar “mais atratividade aos projetos”.
Evidentemente, nada há de sério em tudo isso, exceto a sofreguidão de alguns para entregar o patrimônio público, de preferência a estrangeiros. Como se não bastasse a arenga do sr. Mantega para prová-lo, no “road show” houve também a palestra do sr. Figueiredo e a do sr. Martins Almeida, secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, que anunciou a primeira rodada de leilões sobre a área do pré-sal.
Resta dizer que a palestra do sr. Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, também apresentou a mesma solução que seus colegas, transplantada para a área elétrica: leilões e dinheiro do BNDES para os vencedores – mas, devido a algumas complexidades, deixaremos para depois a análise de suas afirmações. Voltemos ao sr. Figueiredo.
Havia quem achasse que o objetivo dos seus “estudos” - e, aliás, do Programa de Logística – era saber as necessidades do país e enfrentá-las. Infelizmente, não é. O objetivo é privatizar. Tanto assim que só as “necessidades” (ou seja, a ganância) dos açambarcadores são levadas em consideração.
É compreensível que algumas pessoas tenham dificuldade em enxergar o ridículo desse “Programa de Investimentos em Logística” do sr. Figueiredo. Diz ele, em caracteres garrafais, que o “investimento total previsto” é de R$ 253 bilhões em 30 anos - e acha que isso deve impressionar muito quem está ouvindo. Mas só ficarão impressionados aqueles que não dividirem 253 por 30 e descobrirem que se trata de uma média anual de R$ 8,4 bilhões. Convenhamos, isso é tudo, menos um projeto para desenvolver a infraestrutura de um país com oito milhões de quilômetros quadrados, como o Brasil. E, realmente, não é esse o objetivo, pois não passa de um projeto para privatizar, mais ainda, o Brasil.
Evidentemente, existem os iludidos que acham que essa privatização vai aumentar o investimento. No entanto, o investimento caiu porque a área econômica derrubou e segurou o investimento público em 2011 e 2012 – não por falta de privatizações, que, pelo modelo Mantega-Figueiredo, serão regadas a dinheiro do BNDES, isto é, com dinheiro do Tesouro e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Além disso, já sabemos, pelo governo Fernando Henrique, como as privatizações aumentam o investimento e fomentam o crescimento...
Nem vamos falar do final do “road show”, circo que agora se deslocará para Nova York, Londres, Tóquio, Cingapura, podendo esticar até Berlim e Pequim. Apenas um comentário:
No dia em que a presidenta Dilma depender dos discursos de apoio do sr. André Esteves, presidente do BTG Pactual, certamente que ela preferirá voltar aos tempos da guerrilha, no que terá o apoio do povo, que não votou nela para promover a privatização do país. Se fosse para isso, o Serra seria melhor.
Mas não é à toa que Esteves entusiasmou-se tanto com o governo – há muito tempo ele não vê tantas autoridades querendo oferecer os bens que são do povo...
CARLOS LOPES
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Gastos com amortizações somam R$ 320 bilhões
4,5 vezes o total das despesas com Saúde e 5,6 vezes as despesas totais com Educação
O Tesouro Nacional publicou, no último dia 30, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária do Governo Federal (RREO), referente a dezembro de 2012. Haveria muita coisa a comentar sobre esse documento, instituído pela Constituição de 1988, que tem a vantagem de ser muito mais compreensível que outros da mesma categoria. Neste RREO, o mais notável no período de janeiro a dezembro de 2012 foi o extraordinário aumento das transferências de dinheiro aos bancos sob a forma de amortizações.
Em 2012, as amortizações cresceram +227,73% em relação a 2011. Sucintamente:
De janeiro a dezembro de 2011 as amortizações haviam montado a R$ 97 bilhões e 628 milhões.
No mesmo período do ano seguinte, isto é, durante o ano de 2012, as  amortizações somaram R$ 319 bilhões e 952 milhões (cf. RREO, janeiro a dezembro de 2012: Anexo I, pág. 11 e Tabela 8, pág. 66).
Não se trata, bem entendido, de refinanciamento da dívida, ou rolagem, onde se pagam títulos com títulos. Espantosamente, em 2012 o refinanciamento foi menor que a amortização em dinheiro: chegou a R$ 298 bilhões e 990 milhões (contra, no ano anterior, R$ 479 bilhões e 368 milhões – portanto, houve uma queda de -37,63% em 2012, nos refinanciamentos, enquanto as amortizações em dinheiro aumentavam +227,73%).
O significado disso está nos dados do RREO sobre o investimento orçamentário do governo federal. Durante todo o ano de 2012, segundo este relatório, o governo federal liberou apenas, do Orçamento do ano, R$ 22 bilhões e 83 milhões – o que é apenas 19,28% da dotação aprovada pelo Congresso Nacional, em termos atualizados.
[Uma advertência necessária é que os números do RREO, quanto aos investimentos liberados, são algo – embora não muito – diferentes daqueles que constam no Resultado do Tesouro. A discrepância deve-se a distintos critérios de contabilidade.]
É verdade que, segundo o RREO, o governo também liberou investimentos de R$ 44 bilhões e 521 milhões em restos a pagar, ou seja, correspondentes a Orçamentos de outros anos. Mesmo assim, a soma do correspondente ao ano com os restos a pagar, R$ 66 bilhões e 605 milhões, é apenas 58,16% do que foi aprovado pelo Congresso. Aliás, pelas contas do próprio sr. Mantega, o total dos investimentos orçamentários do governo federal foi apenas o equivalente a magrelíssimos 0,7% do PIB em 2012.
Para que se tenha uma ideia, o governo federal, no mesmo período, transferiu, em juros aos bancos, o equivalente a 3,98% do PIB (R$ 175 bilhões e 718 milhões; cf. BC, Relatório de Política Fiscal).
Pior ainda as amortizações, que foram equivalentes a 7,25% do PIB!
Já que estamos com a mão na massa (!), ou seja, no Relatório Resumido da Execução Orçamentária, comparemos o gasto com amortizações aos bancos com os gastos do governo em alguns setores (cf. RREO – Anexo II, Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção, pág. 13):
O gasto do governo federal com amortizações aos bancos, em 2012, foi 4,5 vezes o total das despesas com Saúde; 5,6 vezes as despesas totais com Educação; 26 vezes as despesas totais no setor de Transportes;  30 vezes o total do que foi gasto com Agricultura; 52 vezes o gasto com Ciência e Tecnologia; 167 vezes o gasto orçamentário com a Indústria; 267 vezes o montante de recursos orçamentários para Habitação; 365 vezes o gasto total com Cultura; 432 vezes o que foi liberado, do Orçamento, para o Saneamento; e 466 vezes de todo o gasto orçamentário com Energia.
E paramos, hoje, por aqui.                                                              
                                                                                                       C.L.
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Vale do Rio Doce vende a produção de ouro para mineradora canadense por US$1,9 bi
A Vale assinou acordo com a mineradora canadense Silver Wheaton (SLW) para vender 25% da produção de ouro na mina do Salobo, no Pará, durante toda a vida útil da mina, e 70% do ouro produzido das minas de níquel do Sudbury (Canadá), nas quais o ouro é um subproduto, durante 20 anos, pelo valor de US$ 1,9 bilhão, em dinheiro. Mais desnacionalização e mostra um descompromisso com os rumos do país, depois de privatizada.
Desse montante, US$ 1,33 bilhão pelo ouro de Salobo e US$ 570 milhões pelo ouro de Sudbury e mais 10 milhões em título da SLW.
Posteriormente, a Vale irá receber adicionalmente pagamentos em dinheiro a cada onça (medida usada internacionalmente para o ouro) entregue a Silver Wheaton, conforme os termos do acordo. Uma onça equivale a aproximadamente 28,35 gramas. Os pagamentos serão iguais ao menor valor entre US$ 400 por onça (mais um ajuste anual para a inflação de 1% a partir de 2016 no caso do ouro Salobo) e o preço de mercado na ocasião da venda.
O investimento estimado para projeto localizado no Pará (minas Salobo I, já em operação, e Salobo II) é de US$ 4,2 bilhões. A capacidade é 200 mil toneladas anuais de cobre em concentrado, mais o ouro produzido como subproduto.
A Vale informou que poderá receber ainda um pagamento em dinheiro, dependendo da sua decisão de expandir a capacidade de processamento do minério de cobre do Salobo para mais de 28 milhões de toneladas por ano antes de 2031. Atualmente, a capacidade de processamento total é de 24 milhões de toneladas por ano de minério bruto. O valor adicional está fixado entre US$ 67 milhões e US$ 400 milhões, dependendo do momento e do tamanho da expansão.
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Multinacional norte-americana compra as Drogarias Onofre
A multinacional norte-americana CVS Caremark Corp anunciou na quarta-feira (6) a aquisição de 80% da rede de drogarias Onofre, da família Arede. A CVS é o maior grupo de varejo farmacêutico e serviços de saúde dos EUA.
Segundo o presidente-executivo da CVS, Larry Merlo, a compra da empresa brasileira é muito significativa. “Vemos o Brasil como um mercado atrativo, visto que o segmento de saúde e drogarias deve ter crescimento de dois dígitos na próxima década”, disse Merlo.
Larry, afirmou ainda que esta é uma boa oportunidade, já que o mercado brasileiro é “muito fragmentado”. “Ainda é um mercado muito fragmentado, então vemos boas oportunidades para desenvolver o negócio ao longo do tempo.”
A Onofre é a oitava maior rede de drogarias do país em vendas e a décima oitava maior por número de lojas, com 44 estabelecimentos, segundo dados da Abrafarma (representa o setor no Brasil).
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Impacto sobre a indústria é arrasador
Desnacionalização já atinge 247 empresas em setembro de 2012
Baixar juro é pouco. Não dá para o Brasil crescer sem parar esta sangria
Entre janeiro e setembro deste ano foram desnacionalizadas 247 empresas, superando a quantidade de empresas adquiridas pelo capital estrangeiro em todo o ano de 2011. No ano passado, 208 empresas nacionais passaram para controle externo. Um número expressivo de empresas nacionais foi comprado por multinacionais norte-americanas. Só no terceiro trimestre, de um total de 80 empresas desnacionalizadas, quase metade (37) passou para as mãos de monopólios dos EUA.
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Para CNI, expectativa de crescimento econômico em 2012 foi “frustrada”
Ao encerrar o ano com queda nas horas trabalhadas e aumento da ociosidade, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) considerou 2012 um ano “perdido” para a indústria de transformação.
“O ano não foi bom. A expectativa de crescimento econômico foi frustrada”, disse o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Bran-co. Ele explicou que uma das principais razões para a retração da atividade industrial foi a queda no investimento.
A pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela entidade na quarta-feira (06), mostra que as horas trabalhadas na produção caíram 1,5% no ano passado em relação a 2011. O emprego se mostrou estável em comparação com o ano anterior (retração de 0,2%). Porém, 11 das 19 atividades pesquisadas diminuíram o nível de emprego. Cinco setores registraram quedas importantes: produtos de metal (-6,8%), material eletrônico e de comunicação (-5,8%), têxteis (-4,1%), couros e calçados (-3,4%) e madeira (-2,6%).
A utilização da capacidade instalada das indústrias brasileiras recuou 0,9 ponto percentual, ficando em 80,9 em 2012. O resultado foi abaixo do verificado em 2011 em 13 dos 19 setores. A indústria de outros equipamentos de transporte (que abrange carrocerias, aviões, navios e reboques) foi a que mais reduziu a utilização da capacidade instalada. Nesse setor, o indicador caiu 8,1% em relação a 2011. Outros setores como metalurgia básica (-3,7%) e veículos automotores (-3,5%), também tiveram quedas expressivas no ano.
A fraca recuperação da atividade industrial só não refletiu no faturamento das indústrias, que encerrou o ano com aumento de 2,4%, “apesar de nítida perda de crescimento (-9,9% em 2010 e 5,2% em 2011)”, diz a CNI.
Segundo Castelo Branco, o faturamento da indústria é resultado da venda dos estoques. Os industriais “venderam o que tinham produzido”.
A indústria de papel e celulose foi a que apresentou maior aumento no faturamento (28,2%). No período, a maior queda (14,5%) ocorreu no setor de outros equipamentos de transporte.
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Contratação na construção civil recua -3,02% em dezembro
A contratação de mão-de-obra da construção civil caiu - 3,02% em dezembro, comparado ao mês anterior, segundo pesquisa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), feita em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Os dados apontam que foram fechadas 101,7 mil vagas em dezembro. Os cortes superaram os registrados do mesmo mês de 2011, quando foram suprimidos 83,9 mil empregos com queda de -2,58% em relação a novembro daquele ano.
As maiores baixas foram registradas no Centro-Oeste do país, com recuo de -4,57%, correspondente à eliminação de 12.222 postos de trabalho, e no Norte, com redução de -4,33% e 9.183 trabalhadores dispensados.
Apesar desse desempenho ruim, no acumulado de 2012, o saldo ainda foi positivo com uma base de trabalhadores 3,02% acima da de 2011 ou 95,7 mil postos superior ao registrado naquele ano.
Segundo o Sinduscon, o total de empregados com carteira assinada somou 3,270
milhões de pessoas. Desse total, cerca de 1,651 milhão estavam no Sudeste, 700 mil, no Nordeste; 460,2 mil, no Sul; 255,2 mil, no Centro-Oeste e 202,8 mil, no Norte.