Powered By Blogger

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

BC regulamenta participação de bancos privados no Minha Casa, Minha Vida


CURRAL ELEITORAL CONSTRUÍDO COM MATERIAL DE TERCEIRA QUALIDADE

No programa minha casa, minha vida “pagando”, só quem leva a pior é o consumidor, aliás, em qualquer tipo de financiamento. Se com os bancos federais a bronca já é absurdamente abusiva, imaginem agora com a intromissão, na partição do bolo lucrativo, dos bancos privados que lucram rios de dinheiro nas costas de cada cliente atualmente. Não é mole o cidadão ferrado e na esperança de dias melhores com a aquisição da casa própria, ter que pagar quase 200 mil por uma tapera que concluída não chega a quarenta mil. É uma extorsão descarada em cima dos poucos que podem fazer o financiamento, e que acha uma benção do além tê-lo conseguido, quando na realidade são passados para trás através de um golpe que só irão perceber quando terminarem de pagar a última parcela, se conseguirem, percebendo que o imóvel financiado não vale nem a metade do total pago no financiamento. Só quem lucra são os bancos que além de abusarem, ainda contribuem para mais subúrbios desorganizados e currais eleitorais, embora dispersados pelo Brasil afora. Isto se chama Ditadura Econômica, onde quem pensa que se dar bem, quebra a cara mesmo.
Pelas riquezas minerais do nosso solo dilapidado há décadas, cada brasileiro deveria está morando em casas ou apartamentos decentes em suas cidades super organizadas, e não na estrutura deprimente que constitui nossos, não digo cidades, mas subúrbios terríveis e marginalizados pela terrível desigualdade econômica, mãe da desigualdade social e da violência fora de controle e sem solução em que estamos inseridos.
O beco continua sem saída para todos os explorados brasileiros pelos próprios brasileiros que geralmente com êxito em seus estudos, botam, além dos nossos brutais governos, pra quebrar no lombo de seus compatriotas (palavra arriscada de citar nesta questão).

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Como vai o país que desafiou o FMI? Vai muito bem, com aplausos até do próprio FMI.


ÓTIMAS, da malásia 
Marcelo Manzano  (economista)
Fonte: Caros Amigos - Ano VI – Número 71 / Fevereiro de 2003
(sin permiso)

Mais uma vez volto à herética Malásia, tão pouco lembrada pelas vozes do mercado. Tempo atrás, aqui na Caros Amigos, contei a curiosa história deste tigre bravo que, desafiando o FMI e os mercados, baixou a cancela e a passou a controlar quem podia retirar dólares do país. Como comentei naquela ocasião, passado o susto inicial e arrefecidos os ânimos, o páis conseguie desvencilhar-se da cilada financeira em que havia se metido: fixou o valor do dólar em um patamar elevado (isto é, desvalorizou o câmbio), aumentou as exportações, baixou os juros, ampliou os gastos no setor público e, gradativamente, voltou a conceder passe livre a investidores externos que, ao contrario das profecias aborrecidas, mantiveram suas aplicações no país.
O PULO DO TIGRE
Indicadores selecionados da economia da Malásia em porcentagem e ano:
PIB (%) ..... -7,4 (1998), 7,9 (2000) e 3,5 (2002)                                            
Inflação anual (%)..... 5,1 (1998), 1,6 (2000) e 1,8 (2002)
Exportações (em US$ bilhões).....71,8 (1998), 98,4 (2000) e 93,3 (2002)
Reservas (US$ bilhões).....26,2 (1998), 29,9 (2000) e 34,6 (2002)
Até aí, nenhuma novidade. O que me traz de volta ao assunto foi  o fato de que, em dezembro último, o FMI tornou pública a sua mea-culpa (veja em http://www.imf.org/external/np/sec/pn/2002/pn02135.htm), assumindo que errou quando condenou a heterodoxia do primeiro ministro malaio Mahathir Mohamed. Em rara concessão à realidade, os analistas do FMI admitem agora que países com excessiva vulnerabilidade externa (dependentes da entrada líquida de dólares)  pode ser recomendável o controle de capitais e um câmbio desvalorizados como atalhos seguros para a redução das taxas de juros (que ficam desobrigadas de cumprir o papel de chamariz dos investidores externos) e, consequentemente, para a retomada do crescimento da economia.   
O sucesso da estratégia malaia é um importante marco cravado na arrogância financeira das políticas liberais. Para nós, em plena temporada de mudanças políticas *(época da ascensão do PT a presidência), acuados por um lado pelo timbre chantagista dos mercados e, de outro, pelo mar que é negro, é estimulante saber que há quem tenha ousado lançar-se às águas e sobrevivido com glória.
O novo governo, tendo de se equilibrar entre governabilidade e a sede por mudanças *(que foram por latrina abaixo, tornando-se o PT um partido leoliberalíssimo), parece impelido a ciscar o milho lançado pelos mercados, enquanto ganha horizonte econômico e fôlego político para mudanças de maior fulcro *(que não ocorreram em prol do social). Em princípio, como nos manuais de outrora, será sempre possível contrapor tática e estratégia. Contudo, aplicada à economia contemporânea, a velha fórmula da política pode ser demasiado arriscada.
Desde a década de 80. Com as transformações liberalizantes operadas nos sistemas financeiros ao redor do mundo e cm o surgimentos de fundos de investimentos responsáveis pela concentração e direcionamento de grandes fluxos de capitais em busca do máximo retorno no menor prazo possível, prevalece nos mercados uma tendência de que os interesses de curto prazo se sobreponham  aos interesses de longo prazo das empresas e dos governos (fenômeno batizado com a medonha expressão  de curtoprazismo). Como uma criança mimada, o mercado prefere sorvete a espinafre, indiferente às conseqüências negativas que esta opção traga ao organismo no futuro.
Ao se deixar pautar pela grita diária do mercado, mesmo que a título de tática, os governos correm o risco de se verem a ceder indefinidamente a novas táticas, distanciando-se cada vez mais de estratégias de mudanças econômicas e sociais.
É bom lembrar que, pelo mesmo vício de origem, Pedro Malan e Gustavo Franco tornaram o primeiro mandato tucano na esperança da consagração da estratégia: sobrevalorizaram o câmbio, promoveram a maior abertura comercial de nossa história, elevaram os juros, privatizaram o que puderam *(sem consulta popular, o que configura crime de lesa-pátria. Com os mentores ainda impunes), multiplicaram por dez a dívida pública e, antes de serem agraciados com os benfazejos capitais estrangeiros, foram atropelados pela crise asiática.
Infortúnio? Urucubaca? Ou destino de um governo ávido em acalentar o mercado e ser aceitos nos negócios de finanças globais? O sacrifício imposto naqueles anos (desemprego, desindustrialização, desestatização) não nos deu acesso à terra prometida. A tática nada tinha com a estratégia.
No mundo econômico, aliás, a história não registra êxito de economias periféricas que, abdicarem do instrumento de gestão macroeconômica (política fiscal, política monetária, política cambial), tenha conseguido sorrir no longo prazo. O capitalismo não é dado a largos períodos de bonança. Seus alicerces, para o mal ou para o bem, fundam-se na instabilidade, na destruição criadora, na especulação. Nesse ambiente, para sobreviver e prosperar, é vital que se tenha o maior grau de autonomia – interna e externa – da gestão macroeconômica. Foi o que fez\ a Malásia, no maior exemplo de “rebeldia” dos últimos anos, e para qual até o irredutível FMI se curva agora, não só reconhecendo o erro da condenação anterior, como, o que é mais importante, respaldando políticas econômicas “inimigas do mercado”, porém “amigas” do desenvolvimento daquele país.
(*) Observações atuais sobre os catastróficos governos do ex-partido de esquerda PT, atualmente neoliberal e corrupto até a medula, e outros partidos comparsas e também detrimentosos ao desenvolvimento sólido da nação brasileira, desde o fim da Ditadura Militar em 1984.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A matéria abaixo é de vital importância para que se compreenda mais profundamente as razões do porque do caótico Estado Brasileiro que aí está. A única esperança por enquanto é a certeza da suprema morte que levará os vermes da política corrupta e seus espíritos, se é que existe, para o sexto dos infernos, o quinto lotou faz tempo. E também torcermos para que as gerações futuras aprendam através do sofrimento histórico de seus antepassados que o mal absoluto ocasionado por traidores da pátria só traz desequilíbrios sociais e econômicos causadores de desgraças e violência ao bel prazer de uma minoria podre que sente prazer em ser corrupto e massacrar seus compatriotas.

Nem toda água do Paranoá lava a sujeira da Esplanada                         
Por  Fausto Arruda 
Fonte: www.anovademocracia.com.br  

(Sim permiso) 

Escrevi este texto quando as manchetes dos jornais diários estampavam o pedido de demissão do Ministro da Agricultura Wagner Rossi e as explicações do ministro do turismo no Congresso Nacional. É bem provável que, ao ler este artigo, o leitor de AND encontrará uma defasagem nas informações sobre os últimos abalos provocados por denúncias de corrupção no seio do ministério dilmista.  Essa endemia não se acabará enquanto persistir a condição semicolonial combinada com a semifeudalidade e o capitalismo burocrático imperantes no Brasil.
Conta a mitologia grega que, para atingir a imortalidade, Hércules realizou seus famosos doze trabalhos sob o comando de Euristeu, Rei de Argos de Micenas. Entre os trabalhos designados por Euristeu a Hércules, estava o desafio de limpar os estábulos de Augias, rei de Elida, cujo rebanho de cerca de três mil bois exalava um terrível mau cheiro, tendo em vista que há trinta anos se acumulava o estrume e a peste havia tomado conta de todo o reino. Hércules, que tinha de lavá-los, desviou o curso dos rios Alfeu e Peneio e, rapidamente, ficou tudo limpo.
Diferente dos estábulos de Augias, Brasília e, particularmente, a esplanada dos ministérios mais a praça dos "Três Poderes", possui tamanha sujeira que nem toda a água do lago Paranoá teria condições de limpá-la.

Raízes históricas
 São mais de quinhentos anos de sujeira acumulada pelo passado colonial e semicolonial de nosso país, onde a exploração, aliada a uma cultura de privilégios gerou o patrimonialismo em que as classes dominantes vêm se nutrindo por todos esses séculos. Se trinta anos de estrume acumulado nos estábulos de Augias provocou a peste em todo o seu reino, imagine-se o estrago causado por essa chaga secular ao povo brasileiro.
A divisão de nosso território em capitanias hereditárias e a distribuição das terras através das sesmarias, para levar a diante a empresa colonial baseada na monocultura da cana-de-açúcar, deram origem a uma sociedade marcada pelos privilégios nas relações econômicas, políticas e sociais a ponto de serem institucionalizadas não só no quadro jurídico como na cultura geral ao se fazer o elogio da esperteza, do jeitinho e da malandragem.
 O fato de não contarmos em nossa História com nenhum episódio revolucionário vitorioso que pudesse varrer e lavar a sujeira produzida até então, nos deixou esta herança de lixo conformada na existência de um Estado que já nasceu podre por sua natureza semicolonial. Um Estado instrumento da ditadura exercida pelas classes dominantes, serviçais do colonialismo e do imperialismo, sobre a maioria do povo. Um Estado que estampando uma aparência de independência e de democracia traz em sua essência a mais abjeta submissão aos interesses forâneos e o maior desprezo à efetiva participação das massas. Basta dizer que nenhum dos ciclos econômicos posteriores e nenhum rearranjo na cúpula do poder dominante ensejaram a mínima alteração na cultura de privilégios implantada no período colonial.
A inexistência de rupturas em nosso desenvolvimento histórico é responsável não só pelo lixo acumulado, expresso na formação patrimonial das classes dominantes, como, em consequência disso, a total ausência de punição, ou mesmo, de crítica aos opressores e exploradores de nosso povo, fato muito fácil de ser comprovado a partir das homenagens aos condes, duques e barões feitas nos nomes de ruas, praças, monumentos e até de cidades como Petrópolis, Teresópolis ou Presidente Médici.

Semifeudalismo travestido de federalismo e municipalismo 
Para não irmos muito longe, tomemos como marco o episódio que se chamou de proclamação da República. A República surge trazendo como herança os vícios e práticas nocivas da Colônia e do Império e, em correspondência ao caráter do Estado dominado por uma burguesia compradora e pelo latifúndio, ambos lacaios do imperialismo, primeiro o inglês e posteriormente o ianque, descentraliza para atender à semifeudalidade e centraliza para implantar o capitalismo burocrático em atendimento aos interesses do imperialismo.
Dessa forma, o federalismo e o municipalismo são inseridos na constituição republicana como letra morta, haja vista sua depuração do conteúdo democrático e de preservação do regionalismo e do equilíbrio em seu desenvolvimento. O que veio a prevalecer, de fato, foi a utilização dos estados e municípios pelas oligarquias como base de apoio para o desenvolvimento do capitalismo burocrático a partir da manutenção do semifeudalismo. Assim, as oligarquias locais, de posse do poder político, incluídos aí o policial e o jurídico, coroando seu poder econômico, passaram a reproduzirem-se sobre si mesmas, institucionalizando o patrimonialismo e a cultura dos privilégios.
Estabelecidos os limites da descentralização, carecia ao capitalismo burocrático o estabelecimento de uma região para ser o epicentro de seu desenvolvimento, o que veio a acontecer com o Sudeste brasileiro, principalmente com o estado de São Paulo. Enquanto nessa região se operava um intenso processo de modernização puxado pela industrialização e pela urbanização, o Norte, o Nordeste e o Centro Oeste sofriam um processo de isolamento sob o domínio do atraso oligárquico.   
 O surgimento de uma burocracia, dando ossatura à máquina estatal, se faz sentir com bastante vigor, assim como a voz comum de que a mesma "cria dificuldades para vender facilidades".  Ao se colocar a serviço dos monopólios que se instalaram no Brasil e de poderosos grupos nacionais aquinhoados pelas benesses do Estado os burocratas foram gradativamente ascendendo à condição de membros das classes dominantes na categoria de sócios menores.
Esses são, pois, os ingredientes que dão qualidade às semicolônias do imperialismo. A existência do capitalismo burocrático no qual os grupos de poder das frações compradora e burocrática da grande burguesia, assim como o latifúndio, se digladiam para abocanhar maior parcela de poder dentro do aparelho de Estado. Nessa luta vale tudo. Desde a realização de eleições fraudulentas e a compra de mandatos, passando pela sonegação de impostos até a distribuição escancarada de propinas aos gerentes de turno e seus auxiliares.

O Gerenciamento oportunista exacerba a corrupção
Quando presidente do PT, José Dirceu, acolheu por inteiro o adágio "em terra de sapo, de cócoras com eles" e entrou de cara no que ele chamava de jogo sujo, ou seja, abandonar toda a verborragia demagógica até então característica dos petistas e adotar uma postura pragmática em consonância com a cultura política burguesa, o PT firmou compromisso com o imperialismo, com o latifúndio e com a grande burguesia, ao mesmo tempo em que passou a adotar os métodos conhecidos como "toma lá, dá cá". Luiz Inácio, beneficiário direto dessa estratégia, tratou de aperfeiçoá-la liberando os correligionários e aliados para a aplicação dos pequenos e grandes golpes enquanto fingia não ver nada nem saber de nada. Foi assim que as verbas do PAC e as emendas parlamentares ao orçamento passaram a se constituir em butim para uma ladroeira voraz. Tão voraz que, de um momento para o outro, passou a devorar-se, dando origem à torrente de escândalos que envergonha a nação.
A gerente Dilma Rousseff tem sido distinguida pela imprensa dos monopólios, ansiosa por emplacar os seus corruptos nos cargos vagos, como aquela que está realizando uma faxina no ministério herdado de Luiz Inácio. Na verdade, não existe faxina alguma, pois, se houvesse, ministérios como o da saúde, o da educação, planejamento, ou qualquer outro sobre o qual se fizesse foco, teriam desarticuladas as máfias que parasitam os recursos públicos. Dilma Roussef é filha desse processo e compactua com ele. Ainda há ingênuos ou uma variante de oportunistas que vira e mexe levantam a surrada teoria da banda podre e propõem CPIs e inquéritos que todos, inclusive eles, sabem que não vão dar em nada. Dirceu que o diga, pois deixou o ministério para ser o lobista, dentre outros, de um dos homens mais ricos do mundo. Êta castigo!

Os limites do oportunismo
A crise econômica que abala o mundo inteiro tem servido, em geral, para mostrar os limites do oportunismo no gerenciamento do Estado. Particularmente no Brasil, esses limites começam a se mostrar mais evidentes e, apesar do tremendo esforço por encobrir a realidade com esmolas e propaganda enganosa, é cada vez maior o número de pessoas que tomam consciência desse fenômeno. De nossa parte, temos chamado a atenção para o fato de que aqueles que têm esta consciência precisam ousar mais em mostrar a falência do gerenciamento oportunista e, mais que isso, apontar a necessidade de uma revolução de nova democracia. Uma revolução democrática, agrária e anti-imperialista terá todas as condições de mudar a cultura dos privilégios e abrir um novo tempo em que lesar o povo e a pátria sejam considerados crimes imperdoáveis.