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sábado, 29 de janeiro de 2011

É O COMEÇO DA PICADA E NÃO O FIM (matéria útil e copiada)


Com ares de celebridade, Lula recebe título de doutor em Viçosa (MG)







(Por Juliana Cipriani - Estado de Minas)


Viçosa - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta sexta-feira seu primeiro título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV/MG), em reconhecimento sua permanente luta em defesa das causas sociais brasileiras. Pela primeira vez em Minas Gerais depois de deixar o cargo, o petista foi recebido com ares de celebridade por um auditório com capacidade para 6 mil pessoas lotado.
O torneiro mecânico que sempre ressaltava o fato de não ter diploma superior, agora pode ser chamado de doutor. O título foi concedido pela reitora da UFV, Hilda de Fátima Ferreira Soares. Lula foi paraninfo de todas as turmas de formandos deste ano, por escolha dos 1.200 alunos. Com o título, além de ser chamado de doutor, pode dar aulas não acadêmicas, como aula magna em universidade, por exemplo.
O ex-presidente chegou com uma hora de atraso à Universidade Federal de Viçosa e foi recebido aos gritos e aplausos ao entrar com a comitiva de diretores da instituição. Pouco antes, passou pela reitoria e se mostrou irritado com a presença da imprensa. “Falo com vocês daqui a três meses”, disse. Questionado sobre sua presença no Fórum Social Mundial em abril, no Senegal, respondeu seco. “Se eu for vocês ficarão sabendo”.
Diferentemente dos discursos improvisados nos quais costumava mandar seus recados, Lula adotou um discurso lido e usou os quase 30 minutos para exaltar os feitos do seu governo na área da educação. No fim, disse que dorme “tranquilo” ao saber que tem na Presidência da República sua ex-ministra, Dilma Rousseff (PT), e se emocionou ao falar de sua trajetória. O petista pediu aos jovens que não desanimem. “Quando estiverem desanimados, acreditem em vocês. Se um torneiro mecânico que só tinha um diploma primário chegou a presidente e conseguiu provar que era possível mudar a história desse país, tirando 36 milhões de pessoas da pobreza, sem diploma”, disse. E emendou: “Pensem. Se aquele cara de Garanhuns venceu, eu é que sou o cara e vou vencer. Quando estiverem no desespero me telefonem que vou ajudar vocês a vencer na vida”, afirmou.
Lula chegou em Ubá, acompanhado do ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci (PT), de onde seguiu em uma BMW para Viçosa. Foi recebido pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, o presidente do PT mineiro, deputado Reginaldo Lopes, e outras lideranças locais. Como celebridade, teve de parar várias vezes para cumprimentar populares e tirar fotos com os que o aguardavam. O ministro Haddad destacou o primeiro título acadêmico de Lula e exaltou suas ações na área da educação. “O Ministério da Educação nunca apresentou uma demanda que não fosse atendida pelo presidente Lula. E nós não pedimos pouco.”
Foi o primeiro evento público fora de São Paulo que ex-presidente participou, depois de passar férias em Guarujá, litoral de São Paulo, onde ficou na base militar do Forte dos Andradas. Essa semana, participou de homenagem feita pela Prefeitura de São Paulo ao seu ex-vice José Alencar (PRB), que estava internado em razão de um câncer desde meados de dezembro. Depois das férias, Lula deve começar a dar palestras, pelas quais receberá R$ 200 mil. O petista volta a receber um salário de R$ 13 mil como presidente de honra do PT.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

QUASE DESNECESSÁRIA COMPARAÇÃO.

ANTES DE QUALQUER PALAVRA, PEÇO DESCULPAS AO GOVERNO CHINÊS E DE TODAS AS COMUNIDADES CHINESAS EM VÁRIOS PAÍSES, POR ESTE ATO. MAS É DE VITAL IMPORTÂNCIA PARA A CONSTRUÇÃO DA CONSCIÊNCIA POLÍTICA DO DESATENCIOSO E MANIPULADO POVO BRASILEIRO, ESTA RÁPIDA ANÁLISE, NÃO DIGO COMPARAÇÃO E SIM ANÁLISE, PORQUE NÃO EXISTE COMO COMPARAR ATÉ O PRESENTE NENHUM PRESIDENTE OU GERENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, COM O ILUSTRE DENG XIAOPING.
ESTE HOMEM, SABIAMENTE, APÓS TER EXERCIDO O SEU MANDATO COMO CHEFE DE ESTADO, ABRIU MÃO DE TODOS OS CARGOS E TÍTULOS VITALÍCIOS E DEFENDEU O SOCIALISMO. ESTES ATOS NOBRES SÓ OCORRERAM PORQUE ELE CUMPRIU O SEU PAPEL NA HISTÓRIA DA CHINA E DO MUNDO, COM PATRIOTISMO, DECÊNCIA E HONRADEZ.




 









  O QUE FALAR SOBRE O EX-GERENTE DO BRASIL (FOTO AO LADO) QUE APOIOU E CONTINUA APOIANDO ATRAVÉS DE SUA REPRESENTANTE, A INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA E EM NADA INVESTIRÃO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SÓLIDA SOCIEDADE. CONSTRUÇÃO QUE DEVE COMEÇAR ATRAVÉS DA ESQUECIDA REFORMA AGRÁRIA, MAS PREFEREM, ESTES DITADORES, DAR ÊNFASE SOB TOTAL SUBSERVIÊNCIA A BANDIDAGEM CORRUPTA DOS BANQUEIROS QUE SÓ VISAM O LUCRO FÁCIL E COMO SE NÃO FOSSE O SUFICIENTE ESTAS TRAIÇÕES, AINDA MANTÉM MILHÕES DE BRASILEIROS COM SEU BOLSA ESMOLA QUE NA REALIDADE É UMA PROVA DE CORRUPÇÃO ELEITORAL, SÓ VISANDO O VOTO DOS QUE SE ACHAM BENEFICIADOS COM UMA QUANTIA QUE CERTAMENTE O MANTÉM NA POBREZA ABSOLUTA.
CORRUPTO É POUCO SE LEVARMOS EM CONSIDERAÇÃO A FAZENDA NO ESTADO DE SÃO PAULO, EXPORTADORA DE CARNE BOVINA, QUE HOJE ESTÁ EM NOME DO SEU FILHO QUE NADA TINHA ATÉ POUCOS MESES ATRÁS, AVALIADA EM R$ 47 MILHÕES DE REAIS E AS TRAMAS ENVOLVENDO DANIEL DANTAS PARA AQUISIÇÃO DE TERRAS NO ESTADO DO PARÁ QUE POR SINAL QUEREM DIVIDÍ-LO. QUEM COM BANDIDO CORRUPTO SE ALIA, BANDIDO CORRUPTO É.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MAIS UM GOVERNO CATASTRÓFICO A VISTA











A ATUAL GERENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, SRA. DILMA ROUSSEF, ESTÁ COM UMA BOMBA NAS MÃOS, RESULTADO DE UMA CRISE ECONÔMICA QUE ESTÁ COMEÇANDO A CHEGAR AO BRASIL E FOI IRONIZADA PELO LUIS INÁCIO DA SILVA (LULA), PROVAVELMENTE SOB EFEITO DE ÁLCOOL, COMO UMA MAROLINHA. MAROLINHA ESTA QUE IRÁ SUFOCAR E ARRASAR AINDA MAIS DO QUE ESTÁ, TODOS OS 160 MILHÕES DE BRASILEIROS QUE SEGURAM A BOA VIDA DA BANDIDAGEM ENDÊMICA QUE EXISTE NO BRASIL ATUALMENTE, PORQUE A PALAVRA DE ORDEM DENTRO DO QUARTEL GENERAL DA MÁFIA BRASILEIRA LOCALIZADO NO DISTRITO FEDERAL E CONHECIDO PELO NOME DE CONGRESSO E SENADO FEDERAL, É QUE A SRA. DILMA ROUSSEFF (GERENTE ATUAL DO BRASIL) DEVE ORDENAR O CORTE NO ORÇAMENTO EM TORNO DE 60 BILHÕES DE REAIS PARA 2011 E QUE SE DANEM TODOS OS CONTRIBUINTES BRASILEIROS. COMO ISTO SERÁ POSSÍVEL SE OS GOVERNOS ANTERIORES CORTARAM 20 BILHÕES E JÁ FOI UMA CATÁSTROFE?  A EQUIPE ECONÔMICA BRASILEIRA QUER O QUE, UMA GUERRA CIVIL, PORQUE UMA GUERRA SOCIAL JÁ VIVEMOS? QUANDO DIGO QUE SÃO UNS CANALHAS, NÃO ESTOU ERRADO E MORRO AFIRMANDO. PROVA: EM JULHO DE 2010, FORAM DESTINADOS 380 BILHÕES DE REAIS PARA PAGAR JUROS E AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA BRASILEIRA JUNTO A BANQUEIROS, QUE QUEREM ISTO AQUI O INFERNO QUE É, E QUANTO MAIS DESGRAÇAS OCORREREM, MELHOR PARA OS NEGÓCIOS, ISTO APOIADOS POR COVARDES GERENTES E EQUIPES PUTREFADAS PELO INTERESSE NA FATIA DO BOLO SUJO E QUE NÃO ENXERGAM ESTÁ MAIS QUE NA HORA DE MANDAR ESTES ABUTRES E ESTAS MULTINACIONAIS USURPADORAS VER QUEM É QUE REALMENTE MANDA NO TERRITÓRIO BRASILEIRO, DEIXANDO DE PAGAR O QUE JÁ FOI PAGO VÁRIAS VÊZES E SAINDO DA SUBSERVIÊNCIA PARA A DETERMINAÇÃO, AFINAL O MUNDO DEVE AO BRASIL. PARA ATITUDE DESTA MAGNITUDE A GERENTE (SRA. DILMA ROUSSEFF) DO ECONOMICAMENTE INTERNACIONALIZADO BRASIL, VAI PRECISAR DO TOTAL APOIO DO POVO (QUE NÃO O NEGARÁ) E DO EXÉRCITO BRASILEIRO TAMBÉM, MAS PARA ISTO IRÁ TER QUE ARRISCAR A VIDA, AFINAL MÁFIA É MÁFIA E ISTO NÃO FALTA NO BRASIL ATUALMENTE. MAS VALE SALIENTAR QUE TODOS OS MAFIOSOS SÃO LADRÕES, CANALHAS E CRIMINOSOS QUE AMAM ROUBAR OS COFRES PÚBLICO (DINHEIRO SEU E MEU), ATRAVÉS DE VÁRIAS MANOBRAS, DANDO VEEMENTEMENTE, CINICAMENTE E FRIAMENTE, UMA BANANA A NAÇÃO BRASILEIRA, TRABALHADORA E DESINFORMADA POLITICAMENTE SOBRE SEUS DIREITOS.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A AÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO NO COMBATE AS DROGAS É NECESSESSÁRIA E EMERGENCIAL DIANTE DO GIGANTESCO E ESCANCARADO MERCADO BRASILEIRO INVADIDO POR TODOS OS TIPOS DE DROGAS QUE EXISTEM ATUALMENTE NO MUNDO E EM PARTICULAR AS SINTÉTICAS PRODUZIDAS NOS EUA, COM CONSUMO GENERALIZADO EM QUASE TODAS AS CIDADES DO INTERNACIONALIZADO TERRITÓRIO BRASILEIRO. A AÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO É BEM VINDA E ACEITA EM SUA TOTALIDADE POR TODOS OS BRASILEIROS DIGNOS E DECENTES QUE VIVEM NESTE INFERNO DESGOVERNADO. JÁ A CANALHADA TRAIDORA E DITADORA QUE TEM O APOIO DE TODA A MÍDIA SUJA E PODRE, TREMEM NA BASE E SE BORRAM SÓ DE IMAGINAREM A POSSIBILIDADE DO EXÉRCITO TOMAR A FRENTE. O QUE SERÁ INEVITÁVEL E BEM VINDO, QUANDO NENHUM PROJETO DAR CERTO, COMO ACONTECE NO BRASIL HÁ DÉCADAS. QUE VENHA O EXÉRCITO BRASILEIRO; ANTES DO EXÉRCITO AMERICANO, E NOS SOCORRA E NOS DEFENDA PORQUE O TERRITÓRIO E OS BRASILEIROS ESTÃO CORRENDO PERIGO SOB VÁRIOS ASPECTOS E PAGANDO ESTE PREÇO COM UM EXTERMÍNIO A CADA ANO, JÁ TOTALIZANDO MAIS E 1 MILHÃO E 200 MIL ASSASSINATOS (UM GENOCÍDIO) DESDE O FIM DA DITADURA MILITAR EM 1985, ANO QUE TEVE INÍCIO A GRANDE FARRA DOS TRÁGICOS DESGOVERNOS ELITIZADOS, CIVIS E OPORTUNISTAS, QUE AGEM EM NOME DA CORRUPÇÃO, SONEGAÇÃO, IMPUNIDADE E PSEUDODEMOCRACIA ATÉ A PRESENTE DATA E EM DETRIMENTO A 160 MILHÕES DE BRASILEIROS TRABALHADORES, PORQUE 30 MILHÕES VIVEM NADANDO EM DINHEIRO E NÃO ESTÃO DANDO A MÍNIMA PARA O RESTO QUE SE ARREBENTA NO DIA A DIA PARA BANCAR UMA MINORIA QUE CONTROLA 60% DO CAPITAL ATIVO DA NAÇÃO E O RESTO DOS BRASILEIROS QUE SE VIREM E SE DANEM COM O USURPADO RESTANTE 40%.

Exército tem plano para todo o Brasil

Experiência das tropas brasileiras no Haiti serviu de base para o Plano de Segurança Integrada, que pode ser posto em prática em qualquer local

Gabriela Moreira / RIO - O Estado de São Paulo

A experiência dos militares brasileiros no Haiti será crucial ao trabalho que o Exército fará nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio. Com base no que as tropas vivenciam e nas informações do setor de inteligência, o Exército montou um plano de ação para todos os Estados brasileiros. Se forem acionados, saberão o que fazer e como fazer.
Eduardo Naddar/Ag. O Dia
É o que dizem dois ex-comandantes de tropa no Haiti, o general Augusto Heleno e o coronel da reserva Barroso Magno. "O Exército tem um plano de atuação para apoio ao governo do Estado do Rio e a todos os Estados. Chama-se Plano de Segurança Integrada e é realizado para a contingência da Constituição, nas situações de Garantia da Lei e da Ordem", explica Magno, comandante do 6.º contingente brasileiro na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).
De acordo com o coronel, responsável pela pacificação de uma das favelas mais violentas do país caribenho, a Cité Soleil, o Exército atualiza as informações do plano anualmente.
Com a experiência de quem foi o primeiro militar a comandar as tropas brasileiras na Minustah, o general Heleno é enfático em observar que a pacificação do Haiti só aconteceu depois que os militares entenderam que era preciso fixar bases dentro das favelas. Chamadas de Ponto Forte, delas partiam as ações de combate e também as ações de cidadania, uma estrutura muito parecida como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio.
"Nós entrávamos, combatíamos e saíamos. Eram combates muito violentos e com muita resistência. Com o tempo, fomos entendendo que era preciso fixar bases, que chamávamos de Ponto Forte, assim como são as UPPs. Delas partiam as ações militares e as ações de governo. A ocupação por si não é o bastante para mudar o local, sobretudo para ganhar o apoio da população. É preciso trazer serviços de saúde, lazer, saneamento."
Com Exército e Governo do Estado alinhados quanto às formas de se combater o poder do tráfico nas cidades, é preciso definir quem comanda as operações. "Vamos precisar definir a área de atuação, definir a missão, buscar amparo legal para as ações típicas de polícia, porque nós não temos poder de polícia. Tem de arranjar uma maneira de outorgar esse poder de polícia à tropa", disse o general.
Aplausos. Calejados na execução da Garantia da Lei e da Ordem, Heleno e Magno aplaudiram a decisão do Exército em apoiar as ações no Rio. Os dois, no entanto, apontam para a necessidade de se reestruturar a forma política das próximas ações. "O Exército é um vetor da sociedade que não pode deixar de participar de uma situação extrema de defesa da sociedade. Nós chegamos ao fundo do poço. Não há motivo, seja ele jurídico ou moral, que diga que não é a hora do Exército", afirma Magno, acompanhado por Heleno. "A situação que foi criada não permitia nenhuma análise sobre amparo legal, sobre se aquela era a melhor maneira de atuar. A coisa foi tão rápida que as análises ficaram para depois. O importante ali era não negar um apoio que era altamente necessário em prol de uma causa que não podia ser adiada."

DA DITADURA MILITAR À POCILGA CAPITALISTA PRESIDIDA POR ABUTRES PÚTRIDOS E FÉTIDOS, CAPITALISTAS IMPLACÁVEIS E ESTRANGEIROS, APOIADOS E ASSESSORADOS POR TRAIDORES E DITADORES BRASILEIROS. TERCEIRO GRAVE ALERTA.

O Brasil obteve a 47ª colocação em um ranking que mede a qualidade das instituições democráticas em 165 países do mundo. O levantamento foi realizado pela revista “The Economist” e classificou o Brasil como uma “democracia imperfeita”.  

O Brasil sofreu uma queda em relação à pesquisa anterior, publicada em 2008. Na ocasião, o país ocupava a 41ª posição. No ranking atual, a Noruega ocupa o primeiro lugar, enquanto a Coreia do Norte está na lanterna.

A pesquisa do “Economist” mede o índice de democracia tendo como base eleições, na cultura política e liberdades civis. Apenas 26 países foram classificados como “democracias plenas”. Na mesma categoria do Brasil estão 52 países. Outros 33 foram considerados “regimes híbridos” e 55 receberam a classificação de “autoritários”.

Segundo a pesquisa, apenas 12,3% da população mundial vive sob democracia plena, enquanto que mais de um terço da humanidade (36,5%) está dominado por regimes autoritários.

Na América Latina, apenas Uruguai e Costa Rica são considerados países sob democracia plena. Alguns países de grande expressão, como França, Itália e Israel, estão na mesma categoria do Brasil.

O PAÍS DO FUTURO QUE NUNCA CHEGARÁ. SEGUNDO GRAVE ALERTA.

Brincando à beira do abismo . Por Adriano Benayon (www.anovademocracia.com.br)

Farra dos bancos
Em março de 2008, publiquei artigo intitulado Ascensão estratosférica dos lucros dos bancos. Dizia então:
"Os lucros de 31 bancos em atividade no Brasil aumentaram, em 2007, para R$ 34,4 bilhões, com crescimento real de 43,3% em relação a 2006, quando tinham atingido R$ 25,05 bilhões. O retorno sobre o patrimônio aumentou de 21,2 para 24,3%.
Que temos então? Uma escalada em aceleração desde o início dos oito anos de FHC, período em que a média de crescimento real dos lucros foi 11% aa., ou seja, acumulou 130%. Nos dois primeiros anos de Lula, a média anual subiu para 14% aa. De 2003 a 2007, para 19,8%, acumulando 147% em apenas 5 anos. Computando os dois períodos, 468%, ou seja, os lucros reais multiplicaram-se por quase seis".
2 Agora, dois anos depois, começam a ser divulgados os resultados de 2009. Não saíram ainda todos, mas já se pode avaliar: apenas cinco bancos já somam lucro de R$ 37,3 bilhões, superando o lucro total dos 31 bancos computados em 2007: Itaú-Unibanco – R$ 10,5 bilhões; Banco do Brasil – R$ 10,5 bilhões; Bradesco – R$ 8 bilhões; Santander – R$ 5,5 bilhões; Caixa Econômica – R$ 2,9 bilhões.
3 Entre esses, há dois bancos públicos, o BB e a Caixa, que arcaram com o grosso dos financiamentos à produção agrícola e industrial, à parte os cobertos pelo BNDES, o banco federal de desenvolvimento.
4Em função disso, o aumento do lucro do Banco do Brasil foi bem menor que o dos bancos privados e estrangeiros, como o Santander. A Caixa Econômica teve diminuído seu lucro em 22%, comparado com o de 2008.
5Já os privados seguem desfrutando de lucros em célere crescimento. São mais eficientes? Não. A política econômica assegura-lhes lucros, sem que eles desempenhem qualquer função útil à economia, reservando-lhes ganhos sem risco, o contrário da economia de mercado e competitiva.
6De fato, o Banco Central continua amamentando os bancos com taxas reais de juros acima de 12% aa. nos títulos públicos, que tiveram taxas negativas nos outros países. O ano de 2009 caracterizou-se pela depressão, mesmo no Brasil, onde a produção industrial recuou muito.
7Os concentradores tripudiam sobre o País. Diante da depressão que afunda o emprego, os salários e a produção, as taxas de juros permanecem astronômicas, sob a benigna (para os banqueiros) proteção do Banco Central e das "autoridades".
8O fato de os lucros dos cinco maiores bancos terem, em 2009, ultrapassado os obtidos em 2007 pelos 31 principais, significa não somente serem eles cada vez mais favorecidos pelo "governo", mas também que a concentração teve peso importante no resultado.
9Com efeito, só durante esse curto período, houve, entre outras, duas grandes transações concentradoras: a absorção do Unibanco pelo Itaú e a compra pelo Santander das operações do ABN-AMRO (holandês), que adquirira, há tempos, o Banco Real.
Crise e Santander
10O Santander, que paga as palestras de FHC aqui e no exterior, foi o beneficiário da escandalosa privatização com a qual a União transferiu a propriedade do Banespa, o maior banco estadual do mundo, àquele braço da oligarquia financeira mundial.
11Mas quem é o Santander? É um banco com sede oficial na Espanha, originário da região basca, controlado pelo Bank of Scotland e, portanto, associado ao grupo Inter Alpha, dirigido pela família real britânica. A mesma que faz arrancar do território brasileiro as zonas mais ricas em minérios do mundo, situadas em Roraima e outros estados do norte, a pretexto de serem áreas indígenas.
12Observadores competentes apontam a Espanha como epicentro do colapso da união monetária européia, previsível para este ano e já desencadeado com a bancarrota da Grécia. Esta tenta conseguir a reestruturação de suas dívidas, a qual, concretizada, conduzirá às da Itália, Espanha, Portugal e Irlanda. O conjunto envolve quantia equivalente a US$ 2 trilhões, mais que o triplo do custo da quebra do Lehman, em 2008, a qual precipitou o colapso financeiro em Nova York.
13O Santander é o banco com maiores problemas na Espanha, e os prejuízos dele agravam a crise da City de Londres, onde, proporcionalmente, as intervenções com dinheiro dos contribuintes para salvar bancos que deveriam falir, superam as efetuadas nos EUA.
14Só na Espanha e só de bancos alemães, os créditos montam a 240 bilhões de euros (US$ 330 bilhões), i.e., 44% dos empréstimos germânicos na eurozona, que somam 540 bilhões de euros (US$ 730 bilhões). Na Grécia estão apenas 8% desse total. 
15A Espanha é recordista de desemprego, com oficiais 18,8% já no final de 2009. Sua degringolada provém, em boa parte, da depressão reinante no continente, a qual acarretou aguda queda nas receitas do turismo.
Absurdo mundial e no Brasil
16O euro já se desvalorizou 10% em relação ao dólar, desde o recente começo da crise monetária européia. Tal é a falta de seriedade dos mercados financeiros, que o dólar, embora não valha muito mais que lixo, vem sendo imaginado como refúgio de valor por muitos que se livram do euro. Como piada, isso não seria mau, mas acontece e agrava a tragédia da economia mundial, arrasada pelas jogadas da oligarquia.
17O Brasil continua, de um lado, a propiciar lucros imensos aos bancos estrangeiros em função das taxas de juros internas incrivelmente altas. De outro, mantém, com prejuízo, reservas de quase US$ 240 bilhões, aplicando-as a juro zero, com a inflação do dólar a 4% aa. Pior: a desvalorização cambial sofrida em 2009 é oito vezes maior que isso, e perspectiva futura de queda afigura-se desastrosa.
18Enquanto isso, não está distante o reflexo sobre o país das encrencas dos bancos estrangeiros em suas bases no exterior. Um dos primeiros da fila é o Santander, o quarto maior banco múltiplo em atividade no Brasil.
Nota sobre a privatização do Banespa

A União entregou-o ao Santander nas condições mais vergonhosas que se possa imaginar, depois de o ter federalizado e de nele gastar mais de 20 bilhões de reais em pretenso "saneamento". As privatizações dos bancos estaduais envolveram empréstimos do Tesouro Nacional aos tesouros estaduais através do Banco Central e do Programa Especial de Reestruturação dos Bancos Estaduais (PROES).

Essas operações até 2000 custaram cerca de US$ 48 bilhões (6% do PIB da época), e os empréstimos não foram pagos, a não ser na parte convertida em dívida dos estados com a União, ficando, de qualquer forma, o prejuízo para o erário público. Não bastasse isso, o Banespa, além de recursos em caixa, e de fabuloso patrimônio, tinha créditos fiscais a receber de R$ 2,9 bilhões.

No final de 2000, sob os ridículos pretextos de que "graves lesões às ordens econômica e pública" poderiam resultar da suspensão e de que a avaliação do Banespa estaria correta1, o ministro Carlos Velloso, então presidente do STF, cassou as liminares que suspendiam a privatização, não obstante grosseiras inconstitucionalidades e irregularidades, inclusive o preço mínimo para o controle absurdamente subestimado.

Esse foi R$ 1,85 bilhão, equivalente hoje ao lucro em quatro meses. Ademais, os regulamentos das privatizações permitem o pagamento em títulos podres. Houve ágio inusitado de 281%, mas os "compradores" recebem créditos fiscais em quantia equivalente ao ágio.
________________
1 Os avaliadores foram o Banco Fator, laranja de bancos estrangeiros, e o Consórcio Booz-Allen, empresa de consultoria norte-americana.
 
* Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de "Globalização versus Desenvolvimento", editora Escrituras. abenayon@brturbo.com.br



QUE BELEZA!!! APÓS PATÉTICA EUFORIA NATALINA, INSANA VIRADA DE ANO E PRÓXIMO IRRESPONSÁVEL CARNAVAL, INICIAMOS 2011 COM QUASE 56 MIL ASSASSINATOS EM 2010. AÍ ESTÁ UMA DAS RAZÕES DE TANTAS CATÁSTROFES SOCIAIS E PESSOAIS NO JÁ NÃO BRASIL DOS BRASILEIROS. VEJAMOS ABAIXO O PRIMEIRO GRAVE ALERTA.

Desnacionalização da economia brasileira . Por Adriano Benayon  (www.anovademocracia.com.br)


Nos artigos I e II, resumi as origens e os mecanismos da desnacionalização e como ela é feita com recursos gerados localmente: o Brasil paga para que os brasileiros não sejam proprietários dos meios de produção em seu próprio País. Parece que a aspiração máxima da maioria dos quadros dirigentes e dos empresários é serem gerentes a serviço de patrões estrangeiros. Abordamos agora mais alguns setores emblemáticos.
Agronegócio
2 Embora antiga, a presença de transnacionais na economia rural e na agroindústria era minoritária, mas isso se vem modificando celeremente sob o intenso entreguismo dos últimos vinte anos.
3 Empresas estrangeiras adquirem, em ritmo crescente, explorações agrícolas e pecuárias. Ocupam, cada vez mais, também indústrias relacionadas com essas atividades, como ilustra a aquisição pela AGCO, da SFIL, fabricante de plantadeiras e de plataformas para colheitadeiras do Rio Grande do Sul. A AGCO, proprietária das marcas Massey Ferguson e Valtra, já tinha fábricas de tratores no País. Até mesmo a área de serviços relacionados vai sendo ocupada, de que é exemplo a compra da FISPAL pela Brazil Trade Show Partners, a qual se tornou  a principal organizadora de feiras de alimentos e bebidas.
4 A Precious Woods, suíça, adquiriu 387 mil hectares de terra na Amazônia. O sueco Johan Eliasc, presidente da inglesa Head, comprou 160 mil hectares de floresta na Amazônia. O fundo americano Colpers tem 23 mil hectares em Santa Catarina e no Paraná. A Igreja Unificada, do reverendo Moon, tem 46 propriedades em MS, estando as fazendas em nome da Associação das Famílias pela Paz Mundial.
5 De há muito cresce a aquisição de terras por estrangeiros, não só as próximas aos centros de consumo, mas também as da Amazônia e de outras áreas em que elas são alienadas em operações envolvendo milhões de hectares de uma só vez. Ultimamente tem circulado mais alertas, talvez por causa da entrada de empresas chinesas nessa invasão, algo que certamente desagrada ao império mundial. 
6 Não aprofundo aqui a questão das tradings estrangeiras que controlam o comércio das commodities exportadas do Brasil, porque isso, além de antigo, alongaria demais o texto. Destaque-se a soja, cuja predominância mostra claramente ser a estrutura agrária basicamente voltada para os interesses externos.
7 A soja ocupa mais de 40% do total das terras atualmente exploradas no País, destinando-se a exportar principalmente o farelo, ração para animais no exterior, dentro do esquema de desgastar as terras brasileiras a fim de assegurar alimentação barata nos países industrializados. Ainda nesse contexto, o Brasil exporta enormes quantidades de frangos e de suínos para a Europa, Japão, China e Oriente Médio (só frangos neste caso), poluindo de forma massiva os rios de Santa Catarina e de outros estados. Mais adiante, trato da Sadia e da Perdigão, os principais exportadores, agora também sob controle de uma transnacional.
8 Para que britânicos e outros comam seus bifes (palavra derivada do inglês) ensanguentados, as terras brasileiras são utilizadas do modo menos produtivo possível, a pecuária extensiva, a qual ocupa área igual a cinco vezes a usada na agricultura.
9 A dominância da soja no agronegócio contribui também para que se dê preferência ao óleo dela para uso combustível, em lugar de plantas como a copaíba, com rendimento oito vezes melhor, e o dendê, doze vezes melhor.
10 Nas cervejas, houve a fusão da companhia de bebidas “belgo-brasileira” InBev, que havia absorvido as tradicionais Brahma e Antártica, com a norte-americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser. Logo depois, em 2009, fundiram-se a Sadia e a Perdigão, já sob controle da transnacional BRF-Brasil Foods.  
11 Essas operações foram, em grande parte, financiadas, incrivelmente, pelo BNDES (Banco Nacional [???] de Desenvolvimento Econômico e Social), que emprestou R$ 710 milhões à cervejeira transnacional e cerca de R$ 1,1 bilhão à BRF-Brasil Foods, contando os recursos colocados na Perdigão e Sadia em 2008 e 2009.
12 No ramo dos venenos chamados refrigerantes, de há muito se consolidou o virtual monopólio da Coca-Cola, engordado por numerosas aquisições de fabricantes locais. A mesma transnacional controla grande parte da água mineral engarrafada, negócio rendoso e danoso para a saúde pública, pois a vende desmineralizada. Aí pontifica também o polvo Nestlé, sediado na Suíça, destruidor, entre outras coisas, das reservas das águas de São Lourenço, e também dominante, há decênios, mundialmente no nocivo leite de vaca em pó, além de ser um dos cabeças do oligopólio estrangeiro dos iogurtes e outros laticínios.
13 Embora seja difícil de conceber algo ainda mais desastroso, isso existe. São as sementes transgênicas, monopolizadas por transnacionais, como a Monsanto e a Syngenta. Elas contaminam as áreas vizinhas, inviabilizando a reprodução das plantas e até eliminando as abelhas. Com trânsito livre dos governos, inclusive o de Lula, elas têm licença para destruir a agricultura brasileira, acabar com a segurança alimentar e envenenar os brasileiros com o glifosato e outros agrotóxicos.
14 Denotativo das consequências políticas intoleráveis que advêm do domínio das transnacionais na economia, é ter sido o avanço das sementes transgênicas apoiado pelo governo federal e por todos os governos estaduais, à exceção de um, o do Paraná. Que o governador Requião não tenha elegido seu sucessor apenas confirma que o presente sistema político é irrecuperável.
15 Em 2009, formou-se a FIBRIA, resultado da fusão da Aracruz Celulose, ex-estatal privatizada em favor de firmas estrangeiras, com a Votorantim Celulose e Papel. A Citrosuco, do grupo Fischer, e a Citrovita, da Votorantim, também se uniram, tornando-se o maior produtor mundial de suco de laranja. Tem seis fábricas em São Paulo e uma nos EUA, dois terminais portuários no Brasil, seis no exterior e 64 mil hectares de pomares de laranja, com 50% da produção brasileira.
16 Os maiores grupos ainda considerados brasileiros têm-se internacionalizado de tal maneira, e recebido tal quantidade de capitais estrangeiros, que não será surpresa, a exemplo dos casos acima citados, se passarem a ser controlados por esses capitais. Entre esses, a portentosa ex-estatal Vale Rio Doce, a Odebrecht, Votorantim, Friboi, os quais têm captado dezenas de bilhões de dólares, inclusive de fundos de investimentos estrangeiros.
17 Durante a primeira etapa do colapso financeiro e econômico mundial em andamento, a crise de 2007/2008, as próprias grandes empresas tiveram dificuldades em servir suas dívidas com os bancos, e ficaram sem financiamentos dos mercados de crédito internacionais. Isso as levou buscar recursos provenientes de empresas, fundos e aplicadores estrangeiros.
18 O frigorífico JBS Friboi, maior empresa de carnes do mundo, tem feito diversas aquisições de empresas no exterior, com a ajuda financeira do BNDES, sem, portanto, criar emprego algum no Brasil. O BNDES, através da BNDESPar, sua empresa de participações, adquiriu dois milhões de debêntures por R$ 3,4 bilhões, já tendo comprometido R$ 7,5 bilhões na Friboi, na qual detém  participação acionária de 22,36%. Esse extraordinário apoio financeiro é maior do que o engajado na fusão das empresas de telecomunicações Oi/Brasil Telecom, ambas sob controle estrangeiro.

Açúcar e etanol
19 Ramo em que a desnacionalização progride a passos largos é o da produção sucroalcooleira. A velocidade pode ser avaliada através de dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar – ÚNICA: na safra de 2007/08 correspondiam a 7% as companhias com capital estrangeiro, e na de 2010/2011, essa participação será de 22%. Além disso, cresceu a concentração: em 2004/05, as cinco maiores empresas enfeixavam 12% da produção; em 2009/10, já representavam 27% do total.
20 Eis o que disse o presidente da UNICA, Marcos Jank, referindo-se à entrada da mega-petroleira britânica Shell no segmento de açúcar e etanol, com a joint-venture formada com a COSAN, em operação que envolveu US$ 12 bilhões:
“Os acordos para fusões e aquisições entre usinas de cana ocorridos nos últimos meses, especialmente aqueles que envolveram empresas estrangeiras, deixaram o setor sucroalcooleiro do Brasil mais forte para enfrentar momentos de dificuldades como os registrados em 2009."
21 No artigo anterior, falamos da financeira Gávea, de Armínio Fraga, controlada pelo JP Morgan, a qual detém 14% da COSAN, antes controlada pelo grande empresário sucroalcooleiro, Rubens Ometto.
22 A Santa Elisa Vale foi comprada por uma das maiores tradings transnacionais, a Louis Dreyfus Commodities, a Moema o foi por outra mega-trading, a Bunge, e a BRENCO, grande tomadora de recursos do BNDES, pela ETH.
23 A BRENCO era presidida por Henri-Philippe Reichstul, do círculo de FHC e que faz parte do conselho de administração de três companhias estrangeiras: REPSOL, Peugeot Citroën e EIA, do setor de energia. Na diretoria da BRENCO predominam mandatários de transnacionais (Ashmore Energy e Silverpoint Capital), e há um representante de acionistas norte-americanos e outro de brasileiros.
24 É de notar (Vide parágrafo 20 supra) o viés entreguista de Marcos Jank, presidente da entidade representativa das empresas brasileiras sucroalcooleiras. Seria ele empresário desse setor? Não. É um professor-doutor da USP, com graduações no exterior, tido por especialista em negociações internacionais. Curioso, não? Pelo menos, impossível em países nos quais a meta dos donos de empresas não é desfazer-se delas.     
25 O grupo francês TEREOS, controlador, com 69% do capital, da Açúcar Guarani, quarta maior empresa do setor sucroalcooleiro no Brasil, anunciou que o Brasil passaria a ser seu centro financeiro, com a criação da TEREOS International. Traria os ativos da Europa e da região do Oceano Índico – cerca de € 1 bilhão - para incorporar à Guarani, em operação no montante de  € 1,7 bilhão. A presente receita anual desta é de R$ 1,5 bilhão, e sua dívida líquida soma R$ 1,1 bilhão.
26 Houve, ainda, a compra de participação majoritária na Equipav pela Shree Renuka, da Índia, além do avanço do grupo Bertin nos biocombustíveis, ao entrar na Infinity. A CEB-Clean Energy Brazil comprou usinas em Mato Grosso do Sul (MS) e Goiás.
Varejo/supermercados
27 No varejo de eletrodomésticos, o Grupo Pão de Açúcar, controlado pelo Casino, da França, absorveu a Casas Bahia, agregando-a a: Extra; Sendas; Assai Atacadista; TAEQ; Compre Bem;  Ponto Frio. É a maior rede do país. As outras são o Carrefour, também francês, e o Wal Mart, norte-americano, em rápida expansão. O ramo de supermercados está altamente concentrado e quase totalmente desnacionalizado.
28 A Sodexo, outro grupo francês, que controla 220 mil estabelecimentos comerciais, administrando restaurantes e cafeterias e fornecendo refeições coletivas, projeta crescimento anual de 20%, e atual também em mineração, navios-sonda e plataformas de exploração de petróleo. No Brasil a receita bruta é estimada em R$ 900 milhões.
Construção, empreiteiras
29 As empreiteiras, além de se terem aberto a participações acionárias estrangeiras, têm tido apoio irrestrito do BNDES, tendo passado a atuar também na petroquímica, agronegócio, mineração, telecomunicações, produção de etanol, petróleo, saneamento, açúcar, energia elétrica e rodovias. A Andrade Gutierrez é acionista da Telemar, dona da OI, que comprou a Brasil Telecom, graças a empréstimos do BNDES de R$ 2,6 bilhões em 2008 e R$ 4,4 bilhões em 2009. A Andrade Gutierrez tem mais as seguintes empresas: Dominó Holding S.A., Water Port S.A., Corporación Quiport, CCR-Cia. de Concessões Rodoviárias, RME-Rio Minas Energia.
30 Da mesma forma, diversificaram-se a Odebrecht, a Camargo Correa, a Mendes Junior, a Queiroz Galvão. A Odebrecht Realizações Imobiliárias atua no segmento de baixa renda (entre zero e três salários mínimos) e média/alta renda, com projetos imobiliários em quase 10 Estados brasileiros. A Odebrecht, que controla a BRASKEN, outra grande beneficiária do BNDES, diz não ter planos, a curto prazo, de lançar ações na Bolsa de Valores, mas vendeu ações à Gávea, controlada pelo JP Morgan.
31 A Gávea tem outras participações em construtoras e empreiteiras, além de participação de 12,6% do grupo de comunicação RBS e 12% das ações ordinárias da Lojas Americanas.
Farmacêutica
32 Os laboratórios farmacêuticos mundiais faturam mundialmente somas inimagináveis devido ao mercado que lhe é assegurado pelos múltiplos malefícios que os hábitos alimentares, as tensões nervosas e a intoxicação indissociavelmente ligadas ao sistema político e econômico imperial, tudo coadjuvado pela medicina oficial alopática.
33 No Brasil, o setor das doenças, mal chamado de setor de saúde, conta com farmácias a cada esquina nas cidades e em cada vilarejo, interior a dentro. Desde 1945, e de modo intenso desde 1954, os tradicionais laboratórios nacionais foram desnacionalizados sob a pressão da política econômica pró-transnacionais.
34 Do mesmo modo que a indústria automobilística e a de autopeças nacionais, a farmacêutica foi destruída a partir das políticas entreguistas da UDN e de seus simpatizantes militares, bem como do pseudo-desenvolvimentismo de JK. Todas essas indústrias, e até mesmo as de máquinas-ferramentas, equipamentos pesados etc., já se encontram, portanto, de há muito, virtualmente desnacionalizadas.
35 Mesmo assim, o processo ainda prossegue, engolindo sempre algo mais. Há pouco, a farmacêutica norte-americana Pfizer adquiriu  40% do laboratório brasileiro TEUTO por R$ 400 milhões, visando a ampliar sua presença nos medicamentos genéricos. O negócio inclui a opção de apresentar oferta pelos 60% restantes, no início de 2014. O acordo leva, ainda, a Pfizer a registrar e comercializar produtos da Teuto no Brasil e em outros mercados sob suas marcas próprias.
37 Localizado em Anápolis (GO), o laboratório TEUTO foi fundado em 1947. A Pfizer o absorveu após comprar a King Pharmaceuticals, especialista em analgésicos, e aliar-se com a Biocon, da Índia, em produtos similares à insulina.
Transportes
38 O atual governo privatizou a ferrovia Norte-Sul e mais sete trechos de rodovias, entregues às espanholas Acciona e OHL. A Juring Shipyard de Cingapura, subsidiária da norte americana Semb Corp Marine, adquiriu parte do Estaleiro Mauá e a passou para o Sinergy Group, que já detinha 65% do estaleiro.
Telecomunicações
39 Em sequência à desastrosa privatização do setor por FHC no final dos anos 90, ele foi, cada vez mais, caindo em poder de oligopólios estrangeiros, que fizeram piorar a qualidade dos serviços e encarecer as tarifas. Recentemente, a Telefonica (Espanha) comprou a Vivo, e a Portugal Telecom entrou na OI, já controlada por bancos estrangeiros e seus agentes, como Daniel Dantas.
40 A holding Telemar Participações, controladora da OI, comprou a Brasil Telecom por R$ 5,863 bilhões. O BNDES injetou cerca de R$ 4,4 bilhões para “saneamento” da adquirida, após se ter viabilizado a transação por haver o governo patrocinado mudança na Lei de Telecomunicações.
Diversos
41 Em operação recente, a norte-americana A. Schulman adquiriu a produtora brasileira de compostos plásticos Mash, controlada pela Mash Têxtil, a qual opera desde 2004, em São Paulo, produzindo para os setores automotivo, eletrônicos e agricultura. A A. Schulman fornece compostos plásticos e resinas, utilizados como insumos em várias indústrias.
42 Outra faceta interessante é a crescente entrada dos asiáticos, principalmente a China, na compra de ativos no Brasil. No primeiro semestre, os asiáticos responderam por 35,8% dos negócios, os europeus 63,6%, e Estados Unidos, apenas 0,6%, ainda sob o efeito da crise de 2008. Entre as aquisições chinesas foi salientada a dos ativos da Plena Transmissora pela State Grid of China.